As empresas de Eike envolvidas em recentes boatos de venda
De oito empresas do bilionário, metade foi apontada como alvo de negociações recentemente
Tatiana Vaz
Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 13h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h43.
A OGX , braço petrolífero do grupo EBX, seria uma das empresas do bilionário brasileiro Eike Batista que teriam uma fatia à venda, segundo informações veiculadas na mídia na semana passada. A negociação ocorreria, desde o ano passado, com a estatal da Malásia, a Petronas. As incertezas em relação à empresa derrubaram as ações da empresa na bolsa desde então. Por enquanto, a OGX não quis comentar a possível venda.
Também neste mês, a empresa de energia do grupo de Eike Batista , MPX, passou a ser foco das especulações de possível venda. Depois das ações despencarem com os boatos, o empresário afirmou que "até o momento" não há proposta, documento vinculante ou nenhuma decisão sobre venda do controle da companhia. Hoje, uma reportagem do jornal Valor Econômico afirma que a E.ON , companhia alemã do setor de energia que já detém 10% da MPX, estaria à procura de um sócio brasileiro para aumentar sua participação na empresa de Eike.
A CCX , companhia de carvão mineral do grupo EBX na Colômbia, teria negociado a venda de uma fatia de 30% no ano passado. No IPO da companhia, Eike afirmou que estudava vender um pedaço estratégico da companhia, que valia estimados 4 bilhões de dólares. Em janeiro deste ano, o rumo que a empresa tomaria, segundo Batista, seria outro. O controlador do grupo anunciou que estudava fechar o capital da CCX e manifestou intenção de adquirir até 100% das ações da empresa de carvão em uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações.
Depois de muita especulação no ano passado, Eike negou a intenção de vender parte de sua empresa de estaleiros, a OSX , para a Sete Brasil Participações. O negócio seria feito em troca de uma fatia na Sete. No início deste ano, a OSX foi multada pela Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro em R$ 1,3 milhão por problemas ambientais causados pelo processo de dragagem para a construção do Complexo Industrial Porto Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense.
A companhia americana GE investiu 300 milhões de dólares no Grupo EBX em maio do ano passado. O montante correspondente a uma fatia de 0,8% na Centennial Asset Brazilian Equity LLC e em outras holdings offshore do Grupo EBX, de Eike. De acordo com o comunicado da empresa na época, os recursos seriam utilizados para melhorar a estrutura de capital da EBX e ajudar no financiamento de projetos futuros. O acordo também ressalta "os esforços da GE para levar produção industrial ao Superporto do Açu, reforçando a posição da GE como fornecedora estratégica de equipamentos e serviços para as empresas do grupo em indústrias-chave, como petróleo e gás, geração de energia e mineração".
A IBM anunciou a compra de 20% da SIX, empresa de tecnologia do grupo EBX, do bilionário brasileiro Eike Batista, em março do ano passado. As duas ainda fecharam um acordo de prestação de serviços da SIX para a IBM no valor de um bilhão de dólares por um período de dez anos. A parceria entre a IBM e a SIX começou no final de 2011, quando elas divulgaram, sem mencionar valores, um acordo estratégico para atuar nos setores de recursos naturais e infraestrutura.
Em junho, o empresário havia dito ter vendido uma participação na AUX , unidade da holding EBX Brasil SA, sem revelar o nome do comprador ou o valor da transação. Informações de mercado revelavam que ele estaria negociando a venda de uma participação de 49% na AUX para o fundo soberano Qatar Investment Authority por 2 bilhões de dólares – o fundo negou a compra. O bilionário disse em outubro do ano passado que a AUX valia 5 bilhões de dólares e tinha 7,2 milhões de onças em reservas de ouro depois da aquisição da Ventana, empresa sediada em Vancouver, em março de 2011. A mina colombiana de La Bodega, da AUX, também tem depósitos de cobre e prata.
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