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As 10 maiores fusões e aquisições de 2010

No ano passado, foram anunciadas 143 operações no Brasil com um volume total de 184,8 bilhões de reais

Telefônica compra participação na Vivo por R$ 18,2 bilhões (Arquivo)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 20h12.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h36.

São Paulo - A maior operação de 2010 foi anunciada ainda em julho, quando a Telefônica comprou 50% da Brasilcel – correspondente à participação da Portugal Telecom - e obteve o controle da Vivo por 18,2 bilhões de reais. A operação envolveu diversas revisões de oferta e até a golden share (poder especial de veto) do governo português para impedir que a venda fosse adiante. A Telefônica desembolsou 4,5 bilhões de euros no fechamento da operação, um bilhão de euros em 31 de dezembro de 2010 e dois bilhões, que completam o pagamento, em 31 de outubro de 2011. A operação foi uma das que impulsionou a grande participação do setor de TI/Telecom no montante total de operações de 2010. Dos 184,8 bilhões de reais anunciados em fusões e aquisições no ano, 18% veio de operações envolvendo empresas de TI/Telecom – foi o setor com a maior participação no valor total no ano.
  • 2. TAM e LAN se associam por 14,4 bilhões de reais

    2 /10(Divulgação)

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    São Paulo – Em agosto a chilena LAN e a TAM assinaram um memorando de entendimentos com o objetivo de unir suas operações. O contrato de 14,4 bilhões de reais criou a 11ª maior companhia aérea do mundo. Mas, por enquanto, a operação está suspensa. O Tribunal de Defesa da Livre Concorrência (TLDC), do Chile, aceitou o pedido da Associação Nacional de Consumidores e Usuários do Chile (Conadecus) para investigar a participação de mercado abusiva que a Lan tem hoje naquele país. O julgamento demora entre seis e oito meses. A negociação foi anunciada pelas aéreas como uma fusão, mas a Anbima considera que toda operação tem uma empresa alvo - nesse caso, o alvo era a TAM, que possui, após a operação, uma participação de 24% na holding Latam, que coordenará as operações de ambas agora.
  • 3. Cosan e Shell criam a Raízen

    3 /10(Divulgação)

  • São Paulo – Na última segunda-feira (14/02), a Cosan e a Shell apresentaram a Raízen. A empresa é resultado da joint-venture criada em fevereiro de 2010 e avaliada em 11,6 bilhões de reais. A empresa nasce com valor de 20 bilhões de reais e um faturamento estimado em 50 bilhões de reais. A Raízen contará com 23 usinas, herdadas da Cosan, com capacidade de moagem de cana-de-açúcar de 62 milhões de toneladas por ano. O processo de integração das unidades das duas companhias está ainda em andamento e deve ser concluído até o final do primeiro semestre do ano. A operação impulsionou a participação do setor do agronegócio no volume total de fusões e aquisições do primeiro semestre de 2010. O setor respondeu por 13,2% dos 184,8 bilhões de reais das operações anunciadas em 2010, segundo a Anbima.

  • 4. Portugal Telecom adquire parcela da Oi por 8,9 bilhões de reais

    4 /10(Marcelo Correa/EXAME)

    São Paulo – Em 2010 a Portugal Telecom vendeu sua fatia na Vivo - na maior operação em valor do ano - e comprou uma participação de 23,6% na Oi, por cerca de 9 bilhões de reais, segundo a Anbima. A parceria poderá resultar também na aquisição de uma participação pela Telemar de até 10% da Portugal Telecom. Com as operações, a Oi terá direito a participar do conselho de administração da Portugal Telecom, enquanto a portuguesa também terá direito a um representante no Conselho da companhia brasileira. As compras de participações em cada empresa se deram por uma série de operações. De sua parte, a Portugal Telecom vai comprar participações minoritárias em dois acionistas controladores da Oi, a AG Telecom, do grupo Andrade Gutierrez e a La Fonte Telecom, do grupo Jereissati. Além disso, a empresa portuguesa também vai comprar participação direta na Telemar Participações.
  • 5. Norsk Hydro compra ativos de alumínio da Vale por R$ 8,5 bilhões

    5 /10(Kiko Ferrite)

    São Paulo - A produtora norueguesa de alumínio Norsk Hydro comprou os negócios de alumínio da Vale por 8,5 bilhões de reais em maio de 2010. A Vale permanecerá exposta ao negócio de alumínio através de uma participação acionária na empresa combinada. A Norsk Hydro informou em dezembro que a aquisição dos ativos de alumínio da Vale deve ser concluída no primeiro semestre de 2011, em vez de no quarto trimestre de 2010, como previsto inicialmente. A companhia atribuiu o atraso a direitos de mineração e à aprovação de processos regulatórios no Brasil. A Hydro é uma companhia produtora integrada de alumínio com sede em Oslo, Noruega, e que possui participações em fundições na Noruega e em outros países, assim como participações em operações de alumina e bauxita, incluindo Alunorte, CAP, Alumina Partners da Jamaica e MRN.
  • 6. Vale compra ativos da Bunge por R$ 7 bilhões

    6 /10(Divulgação)

    São Paulo - A Vale comprou 100% dos ativos de fertilizantes da Bunge (Bunge Participações e Investimentos) por 7 bilhões de reais em janeiro de 2010. A compra dos ativos da Bunge confirma o interesse da mineradora em crescer rapidamente no mercado de fertilizantes, segundo a Vale. A Bunge possuía operações e participações em empresas de fertilizantes, sendo a segunda maior produtora de fertilizantes fosfatados no Brasil. As plantas respondem por 14,2% do consumo total do país, segundo a Vale, e conta com duas minas de rocha fosfática - uma em Araxá (MG) e outra em Cajati (SP).
  • 7. BP leva os ativos brasileiros da Devon por R$ 5 bilhões

    7 /10(Divulgação)

    São Paulo – No primeiro semestre a British Petroleum comprou as operações da Devon Energy Corporation no Brasil por 5 bilhões de reais. Os "ativos brasileiros" representam um amplo portfólio de exploração em águas profundas na costa brasileira. Na época do acordo, analistas disseram que a parte mais importante para a BP era a que se referia às reservas submarinas brasileiras. Quando completada a transação, é esperado que os funcionários da Devon no Brasil participem da BP. A negociação foi uma das 12 do ano entre empresas estrangeiras com empresas-alvo brasileiras. As doze operações movimentaram 40,8 bilhões de reais e corresponderam a 22,8% das operações do período, em valor. Em 2009 foram registradas três operações entre empresas estrangeiras com empresa alvo brasileira.
  • 8. Braskem adquire participações da Unipar por R$ 4,9 bilhões

    8 /10(Eduardo Barcellos/Divulgação)

    São Paulo – A Braskem comprou participações da Unipar por 4,9 bilhões de reais no primeiro semestre de 2010. O setor de química e petroquímica respondeu por 3,7 % do valor total de 184,8 bilhões de reais de fusões e aquisições anunciadas em 2010. Dentre as 143 operações registradas, 2,8% foram de química e petroquímica. A Braskem foi formada em agosto de 2002. Em maio de 2009 ela incorporou a Petroquímica Triunfo, integrando uma planta com capacidade de produção de 160 mil toneladas/ano de polietileno de baixa densidade, copolímero de etileno e acetato de vinila (EVA).

    No início de 2010, a Braskem anunciou as aquisições da brasileira Quattor e dos negócios de polipropileno da americana Sunoco Chemicals, criando a Braskem America e ampliando para 29 suas unidades industriais. Atualmente, a Braskem produz mais de 15 milhões de toneladas/ano de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos.

  • 9. Embratel compra de ações da Net por 4,6 bilhões de reais

    9 /10(Divulgação)

    São Paulo - A Embratel adquiriu a totalidade das ações preferenciais da Net ofertadas em leilão realizado em 7 de outubro de 2010. O valor total da operação de aquisição do controle da Net foi de 4,6 bilhões de reais, segundo a Anbima. A oferta pública de aquisição (OPA) das ações da Net pela Embratel foi adiada duas vezes, primeiro de 9 para 29 de setembro e então para 7 de outubro. A Embratel conseguiu adquirir um total de 143,9 milhões de ações preferenciais ao preço de 23 reais por papel. Como a adesão dos acionistas à oferta foi superior a dois terços, a oferta foi estendida até 13 de janeiro de 2011, para que os acionistas que não aderiram possam vender suas ações.

  • 10. Qatar Holding compra 5% do Santander Brasil por R$ 4,5 bilhões

    10 /10(Divulgação)

    São Paulo – A Qatar Holding adquiriu 5% do Banco Santander Brasil em outubro de 2010. O valor da operação foi de 4,5 bilhões de reais, segundo a Anbima. Este investimento torna a Qatar Holding, a matriz do fundo soberano de investimento do Catar, um parceiro estratégico do Grupo Santander no Brasil e no resto da América Latina, informou o banco na época do negócio. Além disso, com esta operação o Santander deu mais um passo em seu compromisso para que a sua filial brasileira tenha um "free float" - ações em circulação no mercado - de 25% até o final de 2014. O setor financeiro respondeu por 8,6% do valor de 184,8 bilhões de reais em fusões e aquisições em 2010. Do total de 143 operações anunciadas, o setor respondeu por 7,0% em número.
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