As 10 mais importantes notícias de negócios da semana
Na semana em que Abilio enfrentou o Casino e a GM preocupou governo e funcionários, inadimplência foi palavra-chave entre os bancos que divulgaram o balanço do segundo trimestre
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2012 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h20.
- 1. GM para produção e preocupa governo
1 /10(Getty Images)
A novela da montadora começou na terça, quando a GM anunciou a paralisação das atividades no complexo fabril em São José dos Campos, em São Paulo. Enquanto negociava com o sindicato local o destino de uma linha de produção que será substituída por modelos montados em outras unidades, a empresa resolveu conceder licença remunerada a cerca de 7.200 trabalhadores. Os funcionários, por meio do sindicato, acusaram a montadora de praticar "locaute", que acontece quando a empresa impede a entrada de trabalhadores em suas instalações. O movimento aumentou as expectativas em torno da possibilidade da possível demissão de 1.500 empregados. Apesar da produção ter voltado ao normal no dia seguinte, o imbróglio ainda não acabou: enquanto o futuro dos empregados permanece incerto, o governo teria acenado com a possibilidade de acabar com a redução do IPI, já que o estabelecimento da alíquota mais baixa foi condicionado à manutenção dos empregos no setor.
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O segundo trimestre do ano acabou bem para o Grupo Pão de Açúcar, que registrou lucro líquido de 159 milhões de reais, salto de 75% sobre os 91 milhões obtidos em igual período do ano passado. Mas se o balanço ficou definitivamente no azul, a relação entre Abilio Diniz e o Casino azedou na segunda-feira, durante reunião extraordinária do conselho de administração do GPA. Na ocasião, o Casino propôs um novo plano de retenção de talentos na companhia. E Abilio e sua esposa, que também integra o conselho da companhia, foram ferozmente contra a ideia apresentada. Na prática, o plano dificultaria a contratação de executivos do Pão de Açúcar em uma eventual nova empreitada de Abilio. O executivo criticou o vazamento das informações, classificando o episódio como uma violação às regras de governança.
3 /10(Gabriel Bouys/AFP)
Apesar da receita do Facebook ter crescido 32% para 1,18 bilhão de dólares, o lucro embolsado pela companhia caiu - e muito. Depois de ganhar 240 milhões de dólares no mesmo período do ano passado, o Facebook amargou prejuízo 157 milhões no segundo trimestre de 2012. Com altos custos e despesas crescentes em marketing, vendas, pesquisas e funcionários, a companhia afundou na bolsa de valores, vendo seu valor de mercado cair 10 bilhões de dólares. Co-fundador da rede social e principal nome por trás do Facebook, Mark Zuckerberg também sofreu uma diminuição de 2 bilhões de dólares no seu patrimônio. Segundo lista em tempo real da Forbes, o jovem aparece agora com uma fortuna total de 12 bilhões.
4 /10(Vanderlei Almeida/AFP)
A gigante da mineração viu seu lucro cair 48% no segundo trimestre do ano, chegando a 5,3 bilhões de reais. Por trás do tombo está a valorização da moeda americana frente ao real. Esse foi o menor lucro trimestral registrado pela empresa em dois anos. Uma das grandes preocupações que pairava sobre a divulgação de resultados era a expectativa da Vale em relação à demanda da China, sua maior cliente. A fatia de vendas de minério de ferro para o país caiu de 47,2% entre janeiro e março para 43,7% no segundo trimestre. De qualquer forma, a empresa reiterou sua confiança no crescimento do PIB chinês, que já teria "mostrado sinais de estabilizacação, enquanto alguns indicadores apontam para o inicio de uma recuperação do investimento em infraestrutura e no mercado imobiliário, dois setores relevantes para a demanda por metais."
5 /10(Heudes Regis)
A Atento, que pertence à Telefônica, estaria perto de ser comprada pela Bain Capital por 700 milhões de euros. Com grande parte dos seus trabalhadores sediados no Brasil, a empresa de call center opera em outros 16 países. Com a transação, a Telefônica ganharia fôlego para reduzir sua pesada dívida líquida, estimada em 57 bilhões de euros. No mês passado, a companhia já levantou 1,4 bilhões de dólares com a venda da sua participação na China Unicom, de Hong Kong.
6 /10(Getty Images)
A Amazon planeja iniciar suas operações no Brasil no dia 1º de setembro. Em um primeiro momento, deve vender apenas livros, com destaque para e-books. Mas a ideia é chegar ao fim de 2012 com mais de 1,1 milhão de produtos comercializados. Com foco na experiência de compra e facilidades de troca para o consumidor, a empresa promete mexer com um mercado que em 2011 movimentou 18,7 bilhões de reais, aumento de 26% em relação a 2010. Mas a logística e distribuição de produtos devem representar um entrave. Apesar de ter o objetivo de fechar acordos com 100 editoras até abril deste ano, a companhia só teria conseguido arrematar dez contratos até março.
7 /10
O Santander foi outro a apresentar seus resultados do segundo trimestre nesta semana. O aumento da inadimplência fez com que o lucro do banco espanhol no Brasil caísse 4,3%, alcançando 3,2 bilhões de reais. Estimativas da instituição apontam que mais da metade dos devedores teriam usado crédito para a compra de carros. O dinheiro teria sido concedido no final de 2010 e início de 2011 para famílias que não tinham capacidade de arcar com o pagamento das parcelas. A receita do Santander ficou em 8,4 bilhões de reais no segundo trimestre, uma margem financeira de 3,7% em relação ao trimestre anterior e 23,9% em um ano. Desse montante, 6,3 bilhões de reais foram provenientes de crédito.
8 /10(Pedro Zambarda/EXAME.com)
O Itaú também atribuiu a queda do seu lucro líquido ao aumento da inadimplência e das despesas com perdas relacionadas à concessão de crédito. No segundo trimestre do ano, o banco teve ganhos de 3,3 bilhões de reais, diminuição de 8,3% sobre o resultado do mesmo período do ano passado. A instituição alterou sua previsão de expansão da carteira de crédito em 2012, estimando um crescimento de 13% a 15%, ante faixa de 14% a 17% divulgada anteriormente.
9 /10(Germano Lüders/EXAME.com)
Dentre os grandes que mostraram seus números, o Bradesco foi o único banco que apresentou crescimento nos ganhos do segundo trimestre. A instituição teve lucro líquido de 2,83 bilhões de reais, um modesto avanço de 1,7% sobre o mesmo período de 2011. Ainda assim, o Bradesco mostrou preocupação com a inadimplência, elevando a provisão para devedores duvidosos para 20,6 bilhões de reais.
10 /10(Divulgação)