Exame Logo

Aracruz investe em expansão no Rio Grande do Sul e na Bahia

A empresa construirá três terminais fluviais e um marítimo próximos à unidade do Sul e implantará uma segunda linha de produção na fábrica nordestina

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Líder mundial em produção de celulose de eucalipto, a brasileira Aracruz vai construir três terminais fluviais para transporte de madeira, nas cidades gaúchas de Guaíba, Rio Pardo e Cachoeira do Sul, além de um terminal privativo marítimo para escoamento de celulose, em São José do Norte, também no Rio Grande do Sul.

Em nota divulgada nesta quinta-feira (29/05), a empresa afirma que "vai apostar firme no potencial hidroviário do Estado" como parte do projeto de expansão de sua fábrica em Guaíba, a partir da implantação de uma segunda linha de fabricação na unidade.

Veja também

O aumento de capacidade da fábrica exigirá investimentos de 2,6 bilhões de dólares, dos quais 170 milhões devem ser destinados às obras de transporte fluvial anunciadas nesta quinta-feira.

As medidas vão garantir a operação ininterrupta na hidrovia do Rio Jacuí, pela qual circularão até 10 mil toneladas de material por dia. O sistema hidroviário responderá por 50% da movimentação de matéria-prima até a fábrica, um acréscimo de 25% na movimentação atual. Hoje, a hidrovia opera com subutilização, segundo a Aracruz.

Investimentos na Bahia

A companhia também informou nesta quinta-feira a intenção de construir uma segunda linha de produção em sua subsidiária de Eunápolis, no sul da Bahia.

Chamada de Veracel Celulose, a fábrica opera a partir de uma joint venture entre a Aracruz, dona de 50% do negócio, e a fabricante de papel finlandesa Stora Enso, dona da outra metade.

Quando a segunda linha entrar em funcionamento, até o início de 2012, a capacidade de fabricação da unidade passará das atuais 1 milhão de toneladas de celulose de eucalipto para 2,4 milhões. A fábrica baiana é referência mundial para a Aracruz por apresentar o mais baixo custo de produção da indústria global.

Tanto o investimento do Rio Grande do Sul quanto o da Bahia são parte da estratégia da Aracruz de alcançar uma fatia de 25% do mercado mundial de celulose de fibra curta até 2015, o equivalente a 7 milhões de toneladas do produto.

A companhia também informou que pretende anunciar ainda em 2008 a construção de uma terceira fábrica no Brasil.

Sem efeito nas ações

Os papéis da Aracruz na Bolsa de Valores de São Paulo não esboçaram reação, após a divulgação dos novos investimentos. No começo da tarde desta quinta-feira, as ações ordinárias da companhia (ARCZ3) registravam queda de 0,34%, ante uma queda do Ibovespa de 0,59%, no mesmo período.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame