América Latina é a região do futuro, diz CEO da Nestlé
"Há muitos elementos que permitem dizer que a América Latina é o futuro", declarou o diretor da maior companhia de alimentos do mundo
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 18h34.
Vevey (Suíça) - O Grupo Nestlé , que nesta quinta-feira anunciou os resultados anuais online em meio a grandes expectativas dos analistas, considera que a América Latina é um extenso horizonte, conforme disse em entrevista à Agência Efe o executivo-chefe da companhia, Paul Bulcke.
"Há muitos elementos que permitem dizer que a América Latina é o futuro", declarou o diretor da maior companhia de alimentos do mundo, que em 2014 vendeu 91,6 bilhões de francos suíços (mais de R$ 270 bilhões).
Bulcke enfatizou que os investimentos se multiplicam na região, com novas fábricas no Brasil, no México e no Cone Sul de uma forma geral, o que para ele mostra "a confiança fundamental" nesta parte do mundo.
A companhia, com sede em Vevey, na Suíça, apresentou seus resultados financeiros de 2014, que Bulcke não quis chamar de positivos, mas de "sólidos" em um entorno econômico volátil e em um ano no qual a Nestlé experimentou um menor crescimento na China.
Apesar disso, a companhia conseguiu no último ano um lucro líquido próximo de 14,5 bilhões de francos suíços (mais de R$ 40 bilhões).
Analisando a situação dos principais mercados dentro da América Latina, para ele, embora todas as categorias de produtos tenham progredido no Brasil, o crescimento poderia ter sido ainda maior por conta do potencial do país.
Em sua opinião, a desaceleração econômica que a principal economia da América do Sul sofre tem relação não só com o rebaixamento dos preços das matérias-primas, mas também com certa instabilidade política.
"Casos de instabilidade política não permitem tomar as decisões adequadas. O país é que tem que ir atrás de algumas reformas. Todos sabem disso. Não estou dizendo nada novo, mas talvez não haja vontade política para fazê-lo. Seria doloroso a curto prazo, mas definitivamente bom a longo", ponderou.
Sobre a situação na Venezuela, o diretor disse que a companhia continua a fazer negócios com o país, apesar dos problemas.
"Nem tudo é fácil, mas confio na força da Nestlé e do nosso pessoal de fazer negócios em países muito diferentes", afirmou.
Na Argentina, outro grande mercado sul-americano no qual a iniciativa privada tem enfrentado em determinados setores dificuldades para operar nos últimos anos, Bulcke lamentou as turbulências atravessadas.
"Espero que encontre o caminho e que a classe média se reanime", afirmou.
Para o México, o executivo-chefe da Nestlé antecipou que, após um ano de mudanças na legislação fiscal, adaptação de preços e queda na demanda, a empresa voltará a "ganhar força" porque têm "todas as condições" para isso.
Além dos grandes mercados latino-americanos, Bulcke disse que é preciso prestar atenção a Colômbia, Peru e Chile, que, segundo ele, tomaram a direção certa e se fortaleceram.
Para o mercado dos Estados Unidos, a Nestlé anunciou recentemente seu compromisso de retirar corantes e sabores artificiais de seus produtos, uma medida que o executivo-chefe garantiu não ser novidade, já o grupo trabalha nesta proposta há muito tempo.
Tais ingredientes já foram retirados de alimentos infantis, e este pedido aumenta cada vez mais entre os consumidores.
Segundo ele, essa decisão não tem nada a ver com dúvidas relacionadas à segurança dos corantes e dos sabores artificiais, mas sim com o fato de que o consumidor já não os quer.
"E como escutamos os consumidores, decidimos retirá-los", explicou ele, lembrando que o grupo também está empenhado em reduzir as quantidades de sal e açúcar dos produtos.
Vevey (Suíça) - O Grupo Nestlé , que nesta quinta-feira anunciou os resultados anuais online em meio a grandes expectativas dos analistas, considera que a América Latina é um extenso horizonte, conforme disse em entrevista à Agência Efe o executivo-chefe da companhia, Paul Bulcke.
"Há muitos elementos que permitem dizer que a América Latina é o futuro", declarou o diretor da maior companhia de alimentos do mundo, que em 2014 vendeu 91,6 bilhões de francos suíços (mais de R$ 270 bilhões).
Bulcke enfatizou que os investimentos se multiplicam na região, com novas fábricas no Brasil, no México e no Cone Sul de uma forma geral, o que para ele mostra "a confiança fundamental" nesta parte do mundo.
A companhia, com sede em Vevey, na Suíça, apresentou seus resultados financeiros de 2014, que Bulcke não quis chamar de positivos, mas de "sólidos" em um entorno econômico volátil e em um ano no qual a Nestlé experimentou um menor crescimento na China.
Apesar disso, a companhia conseguiu no último ano um lucro líquido próximo de 14,5 bilhões de francos suíços (mais de R$ 40 bilhões).
Analisando a situação dos principais mercados dentro da América Latina, para ele, embora todas as categorias de produtos tenham progredido no Brasil, o crescimento poderia ter sido ainda maior por conta do potencial do país.
Em sua opinião, a desaceleração econômica que a principal economia da América do Sul sofre tem relação não só com o rebaixamento dos preços das matérias-primas, mas também com certa instabilidade política.
"Casos de instabilidade política não permitem tomar as decisões adequadas. O país é que tem que ir atrás de algumas reformas. Todos sabem disso. Não estou dizendo nada novo, mas talvez não haja vontade política para fazê-lo. Seria doloroso a curto prazo, mas definitivamente bom a longo", ponderou.
Sobre a situação na Venezuela, o diretor disse que a companhia continua a fazer negócios com o país, apesar dos problemas.
"Nem tudo é fácil, mas confio na força da Nestlé e do nosso pessoal de fazer negócios em países muito diferentes", afirmou.
Na Argentina, outro grande mercado sul-americano no qual a iniciativa privada tem enfrentado em determinados setores dificuldades para operar nos últimos anos, Bulcke lamentou as turbulências atravessadas.
"Espero que encontre o caminho e que a classe média se reanime", afirmou.
Para o México, o executivo-chefe da Nestlé antecipou que, após um ano de mudanças na legislação fiscal, adaptação de preços e queda na demanda, a empresa voltará a "ganhar força" porque têm "todas as condições" para isso.
Além dos grandes mercados latino-americanos, Bulcke disse que é preciso prestar atenção a Colômbia, Peru e Chile, que, segundo ele, tomaram a direção certa e se fortaleceram.
Para o mercado dos Estados Unidos, a Nestlé anunciou recentemente seu compromisso de retirar corantes e sabores artificiais de seus produtos, uma medida que o executivo-chefe garantiu não ser novidade, já o grupo trabalha nesta proposta há muito tempo.
Tais ingredientes já foram retirados de alimentos infantis, e este pedido aumenta cada vez mais entre os consumidores.
Segundo ele, essa decisão não tem nada a ver com dúvidas relacionadas à segurança dos corantes e dos sabores artificiais, mas sim com o fato de que o consumidor já não os quer.
"E como escutamos os consumidores, decidimos retirá-los", explicou ele, lembrando que o grupo também está empenhado em reduzir as quantidades de sal e açúcar dos produtos.