São Paulo - Em um ambiente de trabalho aberto, livre de salas, portas fechadas e divisórias, é mais fácil se comunicar , interagir e, portanto, produzir, certo? Errado! Pelo menos é o que diz um estudo feito por dois pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália. Os resultados foram divulgados pela Harvard Business Review.
De acordo com a pesquisa de Jungsoo Kim e Richard de Dear, quem divide um único espaço no emprego reclama não só de barulho ou falta de privacidade como até mesmo da qualidade do ar compartilhado e das cores e texturas usadas pelos colegas em suas mesas. Foram ouvidos mais de 42 mil funcionários em 303 prédios corporativos.
O principal problema, segundo o levantamento é a falta de privacidade ao falar. Sessenta por cento das pessoas que trabalham em células, por exemplo, disseram estar frustrados em relação à privacidade do som no ambiente de trabalho . Metade daqueles em cujas mesas não há divisão nenhuma reclamaram do mesmo.
Entre os que têm salas privadas, o número não chega a 20%. Além disso, foram registrados aborrecimentos em relação à privacidade visual e a temperatura do ambiente - a típica disputa por ligar ou desligar o ar condicionado.
Na mesma linha, 30% daqueles que têm células e 25% dos que trabalham em ambientes sem nenhuma repartição estão incomodados com o barulho feito pelos colegas. O mesmo problema é apontado por pouco mais de 10% dos que têm salas - privadas ou não.
No estudo, de Dear e Kim citam uma outra pesquisa que diz que a perda de produtividade devido à distração por barulho é duplicada em escritórios abertos em comparação com escritórios privados e que as tarefas que exigem "processo verbal complexo" estavam mais propensas a serem perturbadas do que tarefas relativamente simples ou de rotina.
Ainda segundo os pesquisadores, a facilidade de comunicação e interação - principal contribuição dos escritórios abertos - não compensariam essa perda de produtividade, já que a "facilidade de interação" foi uma questão levantada por menos de 10% dos entrevistados, independente do tipo de escritório em que trabalham.
A pesquisa ainda conclui que quem trabalha em escritórios fechados é mais feliz do que quem compartilha o ambiente, já que estes relataram a menor quantidade de frustrações nos 15 fatores pesquisados. Por outro lado, curiosamente, os mais insatisfeitos são aqueles que têm divisórias altas em suas mesas - eles atingiram os menores índices de satisfação em 13 dos 15 fatores.
- 1. Os feitos dos candidatos a CEO do ano
1 /7(Getty Images)
São Paulo - Na próxima quinta-feira, será anunciado o nome do
CEO do ano. O prêmio é organizado pelo site de análises financeiras
MarketWatch, ligado ao
The Wall Street Journal . Quem escolhe o melhor presidente de
empresa de 2013 são os leitores. São levados em consideração os feitos dos candidatos para os investores, funcionários e clientes de suas empresas. As votações estão encerradas e mais de 12 mil votos foram computados. Conheça os seis possíveis vencedores do prêmio, eleitos pelos editores do MarketWatch:
2. Reed Hastings, da Netflix 2 /7(Getty Images)
Um dos principais feitos de Hastings foi levar a Netflix de volta ao valor de mercado que tinha antes do
colapso sofrido em 2011, quando suas ações chegaram a cair quase 40%. Para conseguir isso, ele levou a empresa a um constamente aumento de sua receita e do número de assinantes, alimentados pela aposta sábia em oferecer conteúdos exclusivos como a premiada série "House of Cards". As ações da companhia voltaram a atingir valores acima dos 300 dólares cada. Até 31 de outubro, as ações da
Netflix negociadas na Nasdaq acumularam alta de 233,86%.
3. Gary Kelly, da Southwest Airlines 3 /7(Lawrence Jenkins/Getty Images)
Para o MarketWatch, Kelly é sem dúvida o presidente de companhias aéreas mais bem-sucedido dos Estados Unidos, já que dirigiu o retorno das ações da Southwest Airlines a níveis pré-recessão. Além disso, ele se preocupa com o bem-estar dos clientes e funcionários. Sua empresa, por exemplo, não cobra taxas de bagagem (chamadas de bag-fees), que contribuem muito para o lucro da companhias rivais. Até 31 de outubro, as ações da
Southwest negociadas na Nasdaq acumularam alta de 60,63%.
4. Jeff Weiner, do LinkedIn 4 /7(NYSE/Divulgação)
Sob o comando de Weiner, a rede social para o mercado de trabalho, LinkedIn, dobrou sua receita em dois dígitos a cada trimestre desde que foi criada, em 2011. Os lucros da companhia também não param de subir. No último trimestre, o
lucro líquido da empresa foi de 3,4 milhões de dólares. Até 31 de outubro, as ações do
LinkedIn negociadas na Nasdaq acumularam alta de 98.90%.
5. Marissa Mayer, do Yahoo! 5 /7(Brian Ach/Getty Images)
Há cerca de um ano e meio à frente do Yahoo!, Marissa Mayer já realizou diversas mudanças ousadas que balançaram a empresa, como a aquisição do Tumblr por 1,1 bilhão de dólares. Em abril, ela extinguiu a prática de home office entre seus funcionários. Segundo o MarketWatch, as decisões de Marissa ainda não implicam em um crescimento da receita, mas melhoraram o humor das ações, que voltaram ao preço oferecido pela Microsoft para comprá-las em 2008. Além disso, o número de ações recomendadas da companhia pelas corretoras aumentou 40% desde que Marissa assumiu a presidência do Yahoo! segundo a FactSet, uma empresa de dados e softwares financeiros. Até 31 de outubro, as ações do
Yahoo! negociadas na Nasdaq acumularam alta de 66.53%.
6. Elon Musk, Tesla Motors 6 /7(Lucy Nicholson/Reuters)
Sob o comando de Musk, a Tesla Motors tem inovado ao desenvolver carros elétricos luxuosos e com design moderno. Veículos sportivos produzidos pela companhia vão de 0 a 60 quilômetros por hora em 4,1 segundos, sem quase nenhum som. Segundo o MarketWatch, a montadora chegou a ser reconhecida por um nível de inovação antes somente conseguido por Steve Jobs, da Apple. Até 31 de outubro, as ações da
Tesla negociadas na Nasdaq acumularam alta de 359.99%.
7. Mark Zuckerberg , do Facebook 7 /7(David Paul Morris/Bloomberg)
A
derrocada das ações do Facebook após a sua abertura de capital, no ano passado, poderia ter colocado em cheque a capacidade do jovem Mark Zuckerberg, de 29 anos, de comandar uma empresa de grande porte. Mas o crescimento constante da receita da companhia, segundo o MarketWatch é prova suficiente de que ele está no caminho certo e pode fazer investimentos agressivos nos negócios. Até 31 de outubro, as ações do
Facebook negociadas na Nasdaq acumularam alta de 80,78%.