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Venezuelanos acusam Foro de São Paulo de "ingerência"

As entidades assinaram a chamada "Declaração de Caracas" na qual pedem aos cidadãos que protestem contra o que chamam de "nova intervenção do totalitarismo" no país

Hugo Chavez, presidente da Venezuela: o país é, pela primeira vez na história, sede da reunião do Foro de São Paulo, que vai desta quarta-feira até a próxima sexta (Presidência/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 17h20.

Caracas - Várias organizações civis da Venezuela criticaram a reunião do Foro de São Paulo, que começa nesta quarta-feira em Caracas, acusando o evento de "ingerência" no processo eleitoral do país, com o objetivo de apoiar a reeleição do presidente Hugo Chávez.

As entidades, de diversas tendências, assinaram a chamada "Declaração de Caracas" na qual pedem aos cidadãos que protestem contra o que chamam de "nova intervenção do totalitarismo que atenta contra a democracia e a liberdade" no país.

Segundo a declaração, o Foro de São Paulo "evidencia uma política de aberta ingerência nos assuntos internos da Venezuela ao manifestar seu respaldo à candidatura de Chávez", que tentará se reeleger pela terceira vez no pleito presidencial de 7 de outubro.

"Cerca de 600 convidados de uma centena de partidos políticos latino-americanos, que representam o fracasso do autoritarismo e o atraso, vêm nos dizer por quem votar, violando abertamente nossa soberania", acrescenta a declaração.

Entre as organizações signatárias, destacam-se Cedice Libertad, Familia Metro, Frente Institucional Militar, Libérenlos Ya, Movimiento Laborista, Mujeres por La Libertad, Nueva Conciencia Nacional, Por la Conciencia, Un Mundo Sin Mordaza e Votolimpio.

Após assinalar que o Foro foi criado "para revitalizar a corrente comunista latino-americana", os signatários indicaram que a reunião realizada em Caracas "conta com o apoio financeiro e logístico do Governo Nacional".

O sindicalista Froilán Barrios, um dos signatários da declaração, declarou à Agência Efe que os porta-vozes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), encarregados da organização do evento, "disseram publicamente em várias oportunidades que o evento é para apoiar a candidatura do presidente Chávez".

O ponto "coincidente" das distintas organizações que assinaram o documento é, segundo Barrios, "a rejeição a qualquer ingerência estrangeira de grupos, de partidos ou de qualquer governo estrangeiro na decisão dos venezuelanos".

"Não faz bem para o clima eleitoral venezuelano andar buscando apoios estrangeiros e trazê-los aqui, utilizar recursos do Estado que são recolhidos dos impostos, da renda petrolífera, para montar um evento faraônico na Venezuela em apoio ao candidato presidente", acrescentou.

A Venezuela é, pela primeira vez na história, sede da reunião do Foro de São Paulo, que vai desta quarta-feira até a próxima sexta. Esta 18ª edição do evento tem como lema "Os povos do mundo contra o neoliberalismo e pela paz".

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Segundo a declaração, o Foro de São Paulo "evidencia uma política de aberta ingerência nos assuntos internos da Venezuela ao manifestar seu respaldo à candidatura de Chávez", que tentará se reeleger pela terceira vez no pleito presidencial de 7 de outubro.

"Cerca de 600 convidados de uma centena de partidos políticos latino-americanos, que representam o fracasso do autoritarismo e o atraso, vêm nos dizer por quem votar, violando abertamente nossa soberania", acrescenta a declaração.

Entre as organizações signatárias, destacam-se Cedice Libertad, Familia Metro, Frente Institucional Militar, Libérenlos Ya, Movimiento Laborista, Mujeres por La Libertad, Nueva Conciencia Nacional, Por la Conciencia, Un Mundo Sin Mordaza e Votolimpio.

Após assinalar que o Foro foi criado "para revitalizar a corrente comunista latino-americana", os signatários indicaram que a reunião realizada em Caracas "conta com o apoio financeiro e logístico do Governo Nacional".

O sindicalista Froilán Barrios, um dos signatários da declaração, declarou à Agência Efe que os porta-vozes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), encarregados da organização do evento, "disseram publicamente em várias oportunidades que o evento é para apoiar a candidatura do presidente Chávez".

O ponto "coincidente" das distintas organizações que assinaram o documento é, segundo Barrios, "a rejeição a qualquer ingerência estrangeira de grupos, de partidos ou de qualquer governo estrangeiro na decisão dos venezuelanos".

"Não faz bem para o clima eleitoral venezuelano andar buscando apoios estrangeiros e trazê-los aqui, utilizar recursos do Estado que são recolhidos dos impostos, da renda petrolífera, para montar um evento faraônico na Venezuela em apoio ao candidato presidente", acrescentou.

A Venezuela é, pela primeira vez na história, sede da reunião do Foro de São Paulo, que vai desta quarta-feira até a próxima sexta. Esta 18ª edição do evento tem como lema "Os povos do mundo contra o neoliberalismo e pela paz".

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