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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.
O ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez, anunciou que o país assumiu nesta terça-feira (1º/5) os controles acionário e operacional dos poços petrolíferos da faixa do rio Orinoco que ainda estavam nas mãos de empresas estrangeiras.
"Bem-vindos à nova PDVSA (Petróleos de Venezuela SA)", disse o ministro, que também é presidente da companhia estatal, em um ato com trabalhadores da indústria petrolífera. Com a mudança, os trabalhadores, que até ontem eram funcionários da iniciativa privada, passam a funcionários públicos.
A medida faz parte de um plano de nacionalizações iniciado em janeiro pelo presidente Hugo Chávez, que inclui, ainda, os setores de telecomunicações e energia, além da invasão de terras, do controle de frigoríficos e a regulamentação do serviço médico privado. Dez das 13 empresas que operam na Faixa de Orinoco assinaram na semana passada acordos com a PDVSA.
A partir de hoje a companhia estatal de petróleo PDVSA controlará no mínimo 60% das ações de quatro empresas mistas formadas por multinacionais: a francesa Total, a norueguesa Statoil (Sincor), as americanas Chevron Texaco (Ameriven) e Exxon Móbil, British Petroleum e a alemana Veba Oel (Cerro Negro). Ramírez disse no fim de semana que as empresas da Faixa, estimadas em mais de US$ 25 bilhões, vão incorporar "a batalha de todas as empresas do Estados, empenhados em construir o socialismo do século 21".
Com informações de agências internacionais.