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Venezuela critica ingerência dos EUA em sua política

A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, pediu que respeito à Constituição da Venezuela caso Hugo Chávez fique "indefinidamente incapacitado" de governar

Hugo Chavez carrega a bandeira da Venezuela: a Venezuela e os Estados Unidos mantêm relações diplomáticas tensas e, desde 2010, estão sem os seus respectivos embaixadores. (©AFP / Juan Barreto)
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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 15h58.

Caracas - O governo venezuelano criticou nesta quarta-feira a "nova e grosseira ingerência" dos Estados Unidos na política do país, depois que a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, pediu, na véspera, que se respeite a Constituição da Venezuela no caso de o presidente Hugo Chávez ficar "indefinidamente incapacitado" de governar.

"O governo da República Bolivariana da Venezuela rejeitou da maneira mais contundente as declarações emitidas em 19 de fevereiro de 2013 pela porta-voz do departamento de Estado dos Estados Unidos, Victoria Nuland, enquanto constituem uma nova e grosseira ingerência do governo de Washington nos assuntos internos da Venezuela", advertiu a chancelaria em um comunicado.

Na terça, os Estados Unidos insistiram no respeito à Constituição da Venezuela.

Caso Chávez fique "indefinidamente incapacitado para governar, entendemos que a Constituição venezuelana estabelece uma nova eleição para designar um novo presidente", declarou Nuland em coletiva de imprensa.

Mas destacou que "como será uma transição, esta é uma decisão dos venezuelanos".

Washington espera que uma eventual eleição seja "livre, justa e equilibrada, com acesso livre para a imprensa", ressaltou.

Reeleito no dia 7 de outubro, Chávez não pôde tomar posse em 10 de janeiro como prevê a Constituição por estar hospitalizado em Havana após a quarta operação contra um câncer em dezembro. O Supremo Tribunal de Justiça aprovou que assumisse o mandato em uma data posterior, decisão que foi criticada pela oposição.

A Venezuela e os Estados Unidos mantêm relações diplomáticas tensas e, desde 2010, estão sem os seus respectivos embaixadores, apesar de Caracas vender quase um milhão de barris diários de petróleo a Washington. Recentemente, os dois países mantiveram alguns contatos que visavam a melhorar os laços.

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"O governo da República Bolivariana da Venezuela rejeitou da maneira mais contundente as declarações emitidas em 19 de fevereiro de 2013 pela porta-voz do departamento de Estado dos Estados Unidos, Victoria Nuland, enquanto constituem uma nova e grosseira ingerência do governo de Washington nos assuntos internos da Venezuela", advertiu a chancelaria em um comunicado.

Na terça, os Estados Unidos insistiram no respeito à Constituição da Venezuela.

Caso Chávez fique "indefinidamente incapacitado para governar, entendemos que a Constituição venezuelana estabelece uma nova eleição para designar um novo presidente", declarou Nuland em coletiva de imprensa.

Mas destacou que "como será uma transição, esta é uma decisão dos venezuelanos".

Washington espera que uma eventual eleição seja "livre, justa e equilibrada, com acesso livre para a imprensa", ressaltou.

Reeleito no dia 7 de outubro, Chávez não pôde tomar posse em 10 de janeiro como prevê a Constituição por estar hospitalizado em Havana após a quarta operação contra um câncer em dezembro. O Supremo Tribunal de Justiça aprovou que assumisse o mandato em uma data posterior, decisão que foi criticada pela oposição.

A Venezuela e os Estados Unidos mantêm relações diplomáticas tensas e, desde 2010, estão sem os seus respectivos embaixadores, apesar de Caracas vender quase um milhão de barris diários de petróleo a Washington. Recentemente, os dois países mantiveram alguns contatos que visavam a melhorar os laços.

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