Mosquito Aedes aegypti transmissor da dengue, vírus zika e febre chikungunya (Marvin Recinos / AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2016 às 21h43.
San Juan, Porto Rico - A velocidade com que o vírus zika está se espalhando em Puerto Rico acelerou bruscamente, de acordo com novos dados federais, o que complica os esforços de impedir que milhares de mulheres grávidas sejam contaminadas. De acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), uma em cada quatro pessoas na ilha pode ser infectada com o vírus zika até o final deste ano.
Os dados mostram que o vírus se espalhou no final da primavera e início do verão, uma estação ideal para o mosquito de proliferar. "Aconteceu o que temíamos", disse Tom Frieden, diretor do CDC. "É muito importante que todos os que se preocupam com Porto Rico entendam o grave problema que a ilha está enfrentando".
"Precisamos começar a se preparar para cuidar de recém-nascidos com microcefalia", acrescentou.
Segundo o último relatório do CDC, o vírus zika se espalhou praticamente a todos os cantos da ilha, com casos notificados em 77 dos 78 municípios. Autoridades identificaram 5.582 casos de zika entre novembro de 2015, quando o vírus chegou à ilha, até 7 de julho. Isso inclui 672 mulheres grávidas. Mais de metade dos casos totais foram diagnosticados entre o final de maio e início de julho, de acordo com dados do Departamento de Saúde de Porto Rico.
Os dados têm preocupado as autoridades dos EUA. Na sexta-feira (29), o governador da Flórida, Rick Scott, afirmou que quatro pessoas na área de Miami provavelmente são as primeiras a terem sido infectadas com zika por mosquitos no território dos Estados Unidos. Scott afirmou que nenhum mosquito na Flórida teve teste positivo para zika, mas o Departamento de Saúde estadual disse acreditar que há "transmissão ativa do vírus da zika" em uma área ao norte do centro de Miami. Fonte: Associated Press