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Ucrânia e EUA pressionam Rússia por fim de combates

Na terça-feira, a União Europeia ameaçou a Rússia com novas sanções, após um novo momento de tensão na Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: ele anunciou que enviou uma carta a Putin para pedir que Moscou exerça um controle sobre os combatentes pró-Rússia (Odd Andersen/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 11h57.

Kiev - A Ucrânia pediu ao governo da Rússia que controle os combatentes pró-Moscou que enfrentam o governo de Kiev e pressione por um cessar-fogo no leste do país, enquanto Washington ameaçava aumentar a pressão sobre o governo russo.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, enviou uma carta ao colega russo, Vladimir Putin, ao mesmo tempo que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, também advertiu a Rússia sobre um possível aumento da pressão.

Na terça-feira, a União Europeia ameaçou a Rússia com novas sanções, após um novo momento de tensão na Ucrânia.

As sanções ocidentais e a queda dos preços do petróleo, uma importante fonte de divisas para a Rússia, levaram a economia do país à recessão. A agência Standar & Poor's rebaixou a nota da dívida soberana de Moscou para a categoria especulativa.

A redução da nota de crédito afastou ainda mais os investidores ocidentais e levou o país de volta ao nível de risco registrado no início do governo de Putin.

Mas as pressões não parecem alterar o tom de Putin, nem abalar a confiança dos russos no presidente.

As sanções tinham como objetivo influenciar a política de Moscou para alcançar um acordo de paz, atualmente paralisado. Desde abril o conflito provocou mais de 5.000 mortes.

No fim de semana passado, um ataque com foguetes matou pelo menos 30 civis no porto estratégico de Mariupol, no leste separatista pró-Rússia da Ucrânia, que permite o acesso à península da Crimeia.

Esta é a última grande cidade controlada pelo governo ucraniano no leste do país.

Os rebeldes negam qualquer responsabilidade nas mortes dos civis, mas observadores internacionais afirmam que os foguetes foram lançados a partir de seu campo.

Poroshenko anunciou que enviou uma carta a Putin para pedir que Moscou exerça um controle sobre os combatentes pró-Rússia.

"Na segunda-feira, enviei uma carta ao presidente Putin. Os principais pontos são o pedido de um cessar-fogo, a implementação dos acordos de Minsk e a libertação de Nadezhda (Nadia) Savchenko", informou a presidência.

A piloto ucraniana Nadia Savchenko afirma que foi sequestrada por rebeldes pró-Rússia na Ucrânia antes de ser enviada a Moscou. Ela é acusada de participação em um ataque que matou dois jornalistas russos em junho do ano passado.

Ajuda americana

O Kremlin ainda não reagiu à carta enviada por Poroshenko, mas esta semana Putin acusou o exército ucraniano de ser a "legião estrangeira da Otan", utilizada pelos ocidentais para "conter" a Rússia.

Durante uma visita a Kiev, Lew afirmou que Washington prefere uma distensão, mas destacou que o país está pronto para endurecer as sanções, caso a situação não melhores.

"Estamos prontos para fazer mais, se necessário. Para terminar isto vamos continuar trabalhando com nossos aliados para aumentar a pressão sobre a Rússia", afirmou à imprensa após uma reunião com a ministra ucraniana Natalie Jaresko.

Moscou nega ajudar os rebeldes e afirma que as medidas adotadas por Estados Unidos e União Europeia são uma tentativa de fragilizar o país.

"Ao mesmo tempo temos sido claros desde o início: se Moscou implementar as obrigações dos acordos de Minsk, as sanções poderiam ser suavizadas", completou Lew.

O secretário americano também informou a Jaresko que Washington pode conceder até três bilhões de dólares para aliviar a abalada economia ucraniana.

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O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, enviou uma carta ao colega russo, Vladimir Putin, ao mesmo tempo que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, também advertiu a Rússia sobre um possível aumento da pressão.

Na terça-feira, a União Europeia ameaçou a Rússia com novas sanções, após um novo momento de tensão na Ucrânia.

As sanções ocidentais e a queda dos preços do petróleo, uma importante fonte de divisas para a Rússia, levaram a economia do país à recessão. A agência Standar & Poor's rebaixou a nota da dívida soberana de Moscou para a categoria especulativa.

A redução da nota de crédito afastou ainda mais os investidores ocidentais e levou o país de volta ao nível de risco registrado no início do governo de Putin.

Mas as pressões não parecem alterar o tom de Putin, nem abalar a confiança dos russos no presidente.

As sanções tinham como objetivo influenciar a política de Moscou para alcançar um acordo de paz, atualmente paralisado. Desde abril o conflito provocou mais de 5.000 mortes.

No fim de semana passado, um ataque com foguetes matou pelo menos 30 civis no porto estratégico de Mariupol, no leste separatista pró-Rússia da Ucrânia, que permite o acesso à península da Crimeia.

Esta é a última grande cidade controlada pelo governo ucraniano no leste do país.

Os rebeldes negam qualquer responsabilidade nas mortes dos civis, mas observadores internacionais afirmam que os foguetes foram lançados a partir de seu campo.

Poroshenko anunciou que enviou uma carta a Putin para pedir que Moscou exerça um controle sobre os combatentes pró-Rússia.

"Na segunda-feira, enviei uma carta ao presidente Putin. Os principais pontos são o pedido de um cessar-fogo, a implementação dos acordos de Minsk e a libertação de Nadezhda (Nadia) Savchenko", informou a presidência.

A piloto ucraniana Nadia Savchenko afirma que foi sequestrada por rebeldes pró-Rússia na Ucrânia antes de ser enviada a Moscou. Ela é acusada de participação em um ataque que matou dois jornalistas russos em junho do ano passado.

Ajuda americana

O Kremlin ainda não reagiu à carta enviada por Poroshenko, mas esta semana Putin acusou o exército ucraniano de ser a "legião estrangeira da Otan", utilizada pelos ocidentais para "conter" a Rússia.

Durante uma visita a Kiev, Lew afirmou que Washington prefere uma distensão, mas destacou que o país está pronto para endurecer as sanções, caso a situação não melhores.

"Estamos prontos para fazer mais, se necessário. Para terminar isto vamos continuar trabalhando com nossos aliados para aumentar a pressão sobre a Rússia", afirmou à imprensa após uma reunião com a ministra ucraniana Natalie Jaresko.

Moscou nega ajudar os rebeldes e afirma que as medidas adotadas por Estados Unidos e União Europeia são uma tentativa de fragilizar o país.

"Ao mesmo tempo temos sido claros desde o início: se Moscou implementar as obrigações dos acordos de Minsk, as sanções poderiam ser suavizadas", completou Lew.

O secretário americano também informou a Jaresko que Washington pode conceder até três bilhões de dólares para aliviar a abalada economia ucraniana.

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