PARK NA BERLINDA: manifestantes protestam contra a presidente sul-coreana Park Geun-Hye, acusada de permitir que uma amiga se envolvesse em assuntos do governo e manipulasse empresas / Kim Hong-Ji/Reuters
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 17h48.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h00.
O secretário da Defesa de Trump
O presidente eleito americano Donald Trump anunciou o general James “Mad Dog” Mattis para o cargo de secretário da Defesa. “Mas não contem a ninguém”, disse, após fazer a revelação durante um discurso. Mattis já foi do alto escalão da Otan, aliança militar entre países do Ocidente, e defende uma postura crítica contra “adversários” dos Estados Unidos. O nome só será oficializado na semana que vem e, para assumir o posto, Mattis precisará da aprovação do Senado — já que as regras pedem que o cargo seja assumido por alguém que tenha deixado as Forças Armadas há pelo menos sete anos.
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Contra a recontagem
Apoiadores de Trump abriram processos contra os pedidos de recontagem de votos nos estados de Michigan, Pensilvânia e Wiscosin. Os esforços para recontar os votos são liderados pela médica Jill Stein, candidata do Partido Verde à presidência. Ela afirma que a recontagem encerraria de uma vez por todas as suspeitas sobre a eleição. Bill Schuette, procurador-geral de Michigan, disse que não permitirá que uma “requisição frívola” silencie os votos dos eleitores do estado. Na quinta-feira 1, Trump iniciou uma turnê da vitória pelo país, chamada de Thank you tour (turnê do obrigado, em inglês).
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Duterte na Casa Branca?
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, teria sido convidado por Donald Trump para uma visita à Casa Branca em uma ligação telefônica “muito animada”, segundo um assessor do filipino. Não há mais detalhes sobre o conteúdo da conversa ou sobre a data dessa possível viagem. Desde que assumiu o governo, há cinco meses, Duterte vem fazendo seguidas declarações contra os Estados Unidos, e chegou a chamar o presidente Barack Obama de “filho da p%$@” durante a reunião do G20.
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Obama recebe Guterres
O ainda presidente americano Barack Obama recebeu a visita do novo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. Para Obama, o novo mandatário da ONU “tem uma reputação extraordinária” e sua nomeação simboliza o “respeito” que Guterres tem ao redor do mundo. O mandato de Guterres começa no dia 1º de janeiro. Obama, por sua vez, permanece presidente até 20 de janeiro, quando Donald Trump será empossado.
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Sanções: Irã irritado
Um dia após o Senado americano aprovar a renovação por mais dez anos de um pacote de sanções contra o Irã, o governo iraniano se pronunciou afirmando que a medida viola o acordo nuclear firmado entre os dois países — por meio do qual o Irã se comprometeu a diminuir o enriquecimento de urânio. “Se eles implementarem as sanções, o Irã vai agir à altura”, disse o ministro de Energia, Ali Akbar Salehi. Mesmo contrários à renovação aprovada pelo Congresso, a Casa Branca e o presidente Barack Obama não se esforçaram com tanto afinco para barrar a medida.
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Impeachment de Park
Os partidos de oposição na Coreia do Sul concordaram em apresentar na próxima sexta-feira 9 um pedido de impeachment contra a presidente Park Geun-Hye. A mandatária é acusada de ter deixado que uma amiga próxima interferisse no governo, chegando a receber doações de grandes empresas do país, como a empresa de tecnologia Samsung.
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Rebeldes e a Rússia
Os rebeldes sírios, que fazem oposição ao governo do presidente Bashar al-Assad, estão em conversas não-oficiais com a Rússia para um acordo de paz na cidade de Alepo. As conversas estariam acontecendo em Ancara, na Turquia, e sem qualquer envolvimento dos Estados Unidos. Bastião da resistência rebelde, Alepo vem sofrendo nesta semana uma das maiores ofensivas da guerra. Enquanto isso, um oficial sírio disse à Reuters que, embora a negociação esteja efetivamente acontecendo, falta “seriedade” e há uma “procrastinação severa” por parte da Rússia.
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Recall da Ford
A montadora Ford anunciou que vai recolher 680.000 veículos dos modelos Fusion e Lincoln MKZ por um problema nos cintos de segurança, que não operam adequadamente em altas temperaturas. A Ford afirma que dois acidentes com ferimentos já foram registrados. Os veículos foram fabricados entre 2013 e 2016. Apenas 30.000 unidades defeituosas estão fora da América do Norte — do total, são 602.000 somente nos Estados Unidos. A oposição controla 165 das 300 cadeiras do Parlamento.