Trump está "furioso" após ex-diretora de campanha criticar Romney
Ex-diretora de campanha fez críticas sobre a falta de experiência internacional de Mitt Romney e sobre sua falta de lealdade a Trump
EFE
Publicado em 28 de novembro de 2016 às 12h59.
Washington - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump , está "furioso" porque sua ex-diretora de campanha, Kellyanne Conway, afirmou que considerar Mitt Romney como possível secretário de Estado é uma traição a seus eleitores.
Assim explicaram nesta segunda-feira duas fontes da equipe de transição do magnata à emissora "MSNBC", que disseram estar "desconcertados" pelas duras críticas que Kellyanne fez a Romney no domingo a "CNN" e "NBC".
Segundo as fontes, Trump está "furioso" pela atitude de sua ex-diretora de campanha e a equipe de transição teme que Kellyanne esteja "impulsionando sua própria agenda ao invés de transmitir a mensagem do presidente eleito".
Kellyanne Conway fez críticas sobre a falta de experiência internacional de Mitt Romney, ex-governador de Massachusetts e candidato presidencial em 2012, assim como sobre sua falta de lealdade a Trump, a quem se opôs frontalmente durante a campanha.
"Estou totalmente pela unidade do partido, mas não tenho certeza se o preço a se pagar por ela seja o posto de secretário de Estado. Nem sequer sabemos se Mitt Romney votou em Donald Trump", disse Kellyanne à "CNN".
"O povo se sente traído quando pensa que pode ser dado a Romney, que fez todo o possível para questionar o caráter, a inteligência e a integridade de Trump, o posto mais importante do gabinete. Traído pelo fato de Romney poder voltar após tudo o que fez", comentou Kellyanne à "NBC".
Trump e Romney se reuniram em 19 de novembro e conversaram "sobre os vários cenários do mundo onde há interesses significativos dos Estados Unidos", explicou o ex-governador de Massachusetts ao término do encontro.
No dia seguinte, o vice-presidente eleito, Mike Pence, confirmou os rumores de que Romney estava "sob consideração ativa" para ser o futuro secretário de Estado, ou seja, o chefe da diplomacia americana no governo Trump.