Trump diz que não descarta "opção militar" para Venezuela
Trump também afirmou que o país, em sua opinião, se encontra afundado em uma "bagunça muito perigosa"
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de agosto de 2017 às 19h36.
Última atualização em 11 de agosto de 2017 às 20h13.
São Paulo - O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump , disse hoje em coletiva de imprensa que o seu país tem várias opções para conter as atividades do governo do presidente da Venezuela , Nicolás Maduro , incluindo ação militar.
"Temos várias opções para lidar com a Venezuela e não vamos descartar ação militar", disse Trump ao ser questionado por um jornalista sobre a abordagem de seu governo para com o país vizinho. "A Venezuela é uma bagunça, uma bagunça muito perigosa", disse o republicano.
Durante suas férias em Bedminster, Nova Jersey, o presidente ainda afirmou que "adoraria uma solução pacífica em relação à Coreia do Norte", com quem seu governo tem trocado ameaças de ação militar. "Podemos ter, também, uma solução ruim", completou.
A escalada das tensões entre o governo Trump e os líderes da Venezuela e da Coreia do Norte acontecem na esteira da aplicação de sanções contra as duas nações pelos Estados Unidos.
Washington se opôs fortemente à votação da assembleia constituinte na Venezuela e vem alertando o governo Maduro de que suas ações contra a democracia trariam consequências.
Maduro, no entanto, se dispôs a ter um encontro com Trump, em um discurso à assembleia constituinte recém eleita, na noite de ontem.
Em relação à Coreia do Norte, o presidente americano endureceu sua retórica após Pyongyang ameaçar atacar o território norte-americano de Guam, no Pacífico.
Na coletiva, Trump disse que não conversou com o representante de Guam, mas garantiu que os residentes estão "muito seguros".
"Se acontecer alguma coisa com Guam, a Coreia do Norte terá problemas". Mais cedo, Trump disse que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, vai se "arrepender rapidamente" se continuar com suas ameaças aos territórios norte-americanos".
Em sua conta no Twitter, o presidente disse que soluções militares para a crise estão "a postos, protegidas e carregadas".
Em seguida, ele compartilhou uma mensagem da Comando do Pacífico dos EUA que mostrava aviões bombardeiros no território de Guam.