Exame Logo

Termina a 4ª rodada de negociações entre o Irã e grupo 5+1

A quarta rodada de negociações nucleares entre Irã e o Grupo 5+1 terminou hoje

Catherine Ashton, diplomata europeia, e o chanceler do Irã Mohammad Javad Zarif (Dieter Nagl/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 14h21.

Viena - A quarta rodada de negociações nucleares entre Irã e o Grupo 5+1 terminou nesta sexta-feira em Viena, sem que se conheça por enquanto quando e onde acontecerá a próxima reunião do processo, segundo fontes diplomáticas.

As partes estiveram negociando desde terça-feira passada em Viena com o objetivo de redigir os pilares de um possível acordo que ponha um fim no conflito sobre o polêmico programa nuclear iraniano.

Ao contrário das conversas anteriores, esta terminou sem uma declaração conjunta do ministro das Relações Exteriores do Irã , Mohamad Yavad Zarif, e o responsável da política externa da União Europeia, Catherine Ashton.

Anteriormente, uma fonte diplomática americana, que pediu anonimato, tinha mostrado seu descontentamento pela falta de avanços nesta rodada de contatos, especialmente delicada porque se começava a redigir a minuta do acordo entre Irã e o 5+1, formado por China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha.

"Todas as partes tem boa fé, mas as negociações entraram em uma etapa muito complicada", reconheceu hoje em Viena, em entrevista à imprensa, o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores Seyed Abbas Araqchi.

"O Ocidente deveria evitar exigências excessivas", acrescentou uma fonte negociadora da República Islâmica à agência de imprensa iraniana "Fars".

Estas negociações pretendem fechar um acordo final até o dia 20 de julho com um duplo objetivo: acabar com uma década longa de dúvidas sobre se o Irã procura ter armas atômicas e possibilitar que a República Islâmica tenha acesso a energia e tecnologia nuclear com fins pacíficos.

São Paulo - Há quase uma semana o Japão luta para evitar que um desastre nuclear aumente ainda mais as proporções da tragédia que abateu o país. Na última sexta-feira (11), um terremoto devastou cidades inteiras da região nordeste, as quais também foram atingidas por ondas gigantes. O incidente causou danos à nuclear de Fukushima, provocando vazamentos de radiação. Os reatores nucleares danificados pelo terremoto estão entre os 55 que o Japão possui. O país é o terceiro maior produtor de energia nuclear do mundo. Segundo informações da ONG World Nuclear Power, por ano, são gerados 263,1 bilhões de kilowatts-hora (kWh) de energia nas usinas, o que equivale a 55% do total consumido pelos japoneses. A elevada dependência que o Japão tem deste tipo de energia representa, por si só, um risco, mas a intensa atividade sísmica que caracteriza a região potencializa os problemas. Entretanto, outros países grandes produtores de energia nuclear estão igualmente expostos a estes perigos. Mesmo em áreas menos sujeitas a terremotos e outros fenômenos climáticos, há ainda o risco de problemas técnicos nos reatores levarem a vazamentos, como ocorreu em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. De acordo com um ranking elaborado pela ONG, os Estados Unidos são os maiores geradores de energia nuclear do mundo, com 798,7 bilhões de kWh por ano em 104 reatores operando no país. O Brasil, de acordo com o estudo, está longe das primeiras colocações, com apenas 12,2 bilhões de kWh de energia gerados por ano nos dois reatores em atividade em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Conheça nas fotos ao lado os países que mais produzem energia nuclear no mundo:

Veja também

Viena - A quarta rodada de negociações nucleares entre Irã e o Grupo 5+1 terminou nesta sexta-feira em Viena, sem que se conheça por enquanto quando e onde acontecerá a próxima reunião do processo, segundo fontes diplomáticas.

As partes estiveram negociando desde terça-feira passada em Viena com o objetivo de redigir os pilares de um possível acordo que ponha um fim no conflito sobre o polêmico programa nuclear iraniano.

Ao contrário das conversas anteriores, esta terminou sem uma declaração conjunta do ministro das Relações Exteriores do Irã , Mohamad Yavad Zarif, e o responsável da política externa da União Europeia, Catherine Ashton.

Anteriormente, uma fonte diplomática americana, que pediu anonimato, tinha mostrado seu descontentamento pela falta de avanços nesta rodada de contatos, especialmente delicada porque se começava a redigir a minuta do acordo entre Irã e o 5+1, formado por China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha.

"Todas as partes tem boa fé, mas as negociações entraram em uma etapa muito complicada", reconheceu hoje em Viena, em entrevista à imprensa, o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores Seyed Abbas Araqchi.

"O Ocidente deveria evitar exigências excessivas", acrescentou uma fonte negociadora da República Islâmica à agência de imprensa iraniana "Fars".

Estas negociações pretendem fechar um acordo final até o dia 20 de julho com um duplo objetivo: acabar com uma década longa de dúvidas sobre se o Irã procura ter armas atômicas e possibilitar que a República Islâmica tenha acesso a energia e tecnologia nuclear com fins pacíficos.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaEnergiaEnergia nuclearInfraestruturaIrã - País

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame