Talibãs: vídeo de soldados urinando não afetará negociações
O vídeo que exibe soldados americanos urinando sobre supostos rebeldes afegãos mortos foi classificado mais cedo pelos talibãs como um "ato de barbárie"
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 09h37.
Cabul - O escândalo do vídeo que mostra quatro militares americanos de uniforme urinando sobre três cadáveres de supostos rebeldes afegãos não obstruirá as negociações de paz, afirmou nesta quinta-feira à AFP um porta-voz dos talibãs.
"Estamos na fase inicial (do diálogo) no Qatar. Neste momento, se trata apenas de uma troca de prisioneiros (de Guantánamo). Não acredito que este novo problema afete as negociações com os Estados Unidos ", afirmou o porta-voz Zabiullah Mujahid.
Mais cedo, o Muhajid denunciou o vídeo como um "ato de barbárie"
"Nos últimos 10 anos, aconteceram centenas de atos similares que não foram revelados", afirmou à AFP Zabihullah Mujahed, porta-voz dos insurgentes, que lutam há 10 anos contra o governo de Cabul e seus aliados da força da Otan, dirigida pelos Estados Unidos.
Na quarta-feira, o corpo de infantaria da Marinha dos Estados Unidos anunciou ter iniciado uma investigação sobre o vídeo amador divulgado na internet e, ao que parece, filmado durante uma operação no Afeganistão.
Nas imagens aparecem quatro homens com uniformes militares americanos que urinam sobre três cadáveres ensanguentados, conscientes de que outra pessoa está filmando.
Também é possível ouvir um deles dizendo "tenha um bom-dia companheiro" para o corpo sobre o qual urina.
Este tipo de comportamento é punido pelo código de justiça militar, afirmou uma fonte militar em Washington.
De acordo com a mesma fonte, o tipo de capacete e a arma de um dos homens parecem indicar, caso a autenticidade do vídeo seja confirmada, que se trata de um grupo de franco-atiradores.
As imagens do que parece ser um ato isolado podem fazer o mundo muçulmano recordar do escândalo de Abu Ghraib em 2004, quando imagens de prisioneiros iraquianos humilhados por militares americanos deram a volta ao mundo.
Segundo o Conselho para as Relações Americana-Islâmicas, principal associação muçulmana americana, as imagens colocam em risco outros soldados e civis afegãos.
Nos últimos anos, vários casos similares de suposta profanação por soldados (boatos de exemplares do Alcorão jogados no vaso sanitário, por exemplo) ou por jornais ocidentais (caricaturas de Maomé) provocaram revolta no Afeganistão e manifestações violentas que provocaram mortes.
Cabul - O escândalo do vídeo que mostra quatro militares americanos de uniforme urinando sobre três cadáveres de supostos rebeldes afegãos não obstruirá as negociações de paz, afirmou nesta quinta-feira à AFP um porta-voz dos talibãs.
"Estamos na fase inicial (do diálogo) no Qatar. Neste momento, se trata apenas de uma troca de prisioneiros (de Guantánamo). Não acredito que este novo problema afete as negociações com os Estados Unidos ", afirmou o porta-voz Zabiullah Mujahid.
Mais cedo, o Muhajid denunciou o vídeo como um "ato de barbárie"
"Nos últimos 10 anos, aconteceram centenas de atos similares que não foram revelados", afirmou à AFP Zabihullah Mujahed, porta-voz dos insurgentes, que lutam há 10 anos contra o governo de Cabul e seus aliados da força da Otan, dirigida pelos Estados Unidos.
Na quarta-feira, o corpo de infantaria da Marinha dos Estados Unidos anunciou ter iniciado uma investigação sobre o vídeo amador divulgado na internet e, ao que parece, filmado durante uma operação no Afeganistão.
Nas imagens aparecem quatro homens com uniformes militares americanos que urinam sobre três cadáveres ensanguentados, conscientes de que outra pessoa está filmando.
Também é possível ouvir um deles dizendo "tenha um bom-dia companheiro" para o corpo sobre o qual urina.
Este tipo de comportamento é punido pelo código de justiça militar, afirmou uma fonte militar em Washington.
De acordo com a mesma fonte, o tipo de capacete e a arma de um dos homens parecem indicar, caso a autenticidade do vídeo seja confirmada, que se trata de um grupo de franco-atiradores.
As imagens do que parece ser um ato isolado podem fazer o mundo muçulmano recordar do escândalo de Abu Ghraib em 2004, quando imagens de prisioneiros iraquianos humilhados por militares americanos deram a volta ao mundo.
Segundo o Conselho para as Relações Americana-Islâmicas, principal associação muçulmana americana, as imagens colocam em risco outros soldados e civis afegãos.
Nos últimos anos, vários casos similares de suposta profanação por soldados (boatos de exemplares do Alcorão jogados no vaso sanitário, por exemplo) ou por jornais ocidentais (caricaturas de Maomé) provocaram revolta no Afeganistão e manifestações violentas que provocaram mortes.