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Supostos militantes islâmicos sequestram 40 na Nigéria

Militantes do Boko Haram sequestraram centenas de pessoas no ano passado. Os meninos são recrutados como combatentes e as meninas, como escravas sexuais


	Refugiados na Nigéria: militantes do Boko Haram sequestraram centenas de pessoas no ano passado. Os meninos são recrutados como combatentes e as meninas, como escravas sexuais
 (Samuel Ini/ Reuters)

Refugiados na Nigéria: militantes do Boko Haram sequestraram centenas de pessoas no ano passado. Os meninos são recrutados como combatentes e as meninas, como escravas sexuais (Samuel Ini/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 20h42.

Maiduguri - Homens armados sequestraram 40 meninos e jovens de uma aldeia remota no nordeste da Nigéria num ataque que moradores e uma fonte de segurança atribuíram ao Boko Haram, grupo islâmico que ganhou notoriedade mundial por sequestros coletivos.

A testemunha Mohammed Zarami disse que os atiradores chegaram à aldeia de Malari em torno de 20h de quarta-feira, fortemente armados, mas não dispararam ou mataram ninguém.

"As pessoas saíram de suas casas com medo, mas eles advertiram que ninguém deveria desobedecê-los", Zarami disse à Reuters em Maiduguri, para onde havia fugido a pé.

"Eles levaram mais de 40 jovens (do sexo masculino), principalmente entre 15 e 23 anos. No momento em que converso com você, não há jovens em nossa aldeia", disse ele.

Militantes do Boko Haram sequestraram centenas de pessoas no ano passado. Os meninos são recrutados como combatentes e as meninas, como escravas sexuais, dizem autoridades de segurança.

O levante de cinco anos do Boko Haram, que tem o objetivo de fundar um Estado islâmico, é a ameaça mais grave à segurança da principal economia da África.

Os pais de 200 estudantes nigerianas sequestradas por rebeldes islâmicos em abril disseram que estão apelando à Organização das Nações Unidas por ajuda, depois de perderem a esperança de que o governo nigeriano poderá resgatá-las.

Um homem que dizia ser líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, disse no fim de outubro num vídeo que as meninas tinham "se casado" com comandantes do grupo militante.

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