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Snowden tem salvo-conduto para viajar ao Equador, diz TV

A emissora disse que se trata de um pedido de trânsito humanitário e não a concessão de asilo, mas seria o primeiro passo para que o americano possa solicitá-lo

Televisão exibe em aeroporto reportagem sobre Edward Snowden, procurado nos EUA por divulgar detalhes de programas secretos de vigilância (REUTERS / Sergei Karpukhin)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 07h20.

Washington - A emissora de TV dos Estados Unidos "Univisión" divulgou nesta quarta-feira um documento que, garantiu, é o salvo-conduto concedido pelo Equador para Edward Snowden , procurado nos EUA por divulgar detalhes de programas secretos de vigilância e que permanece no aeroporto de Moscou.

"Este documento foi emitido para permitir a mudança direta de seu titular para o território do Equador com o propósito de asilo político. Se solicita às autoridades correspondentes dos países em trânsito que se dignem a prestar as facilidades do caso, a fim de que o portador do presente documento possa realizar sua viagem com destino ao Equador", diz o documento divulgado pela "Univisión" em seu site.

O documento foi elaborado em Londres com data de 22 de junho e conta com a assinatura do cônsul equatoriano na capital britânica, Fidel Narváez Narváez.

Nele figura o nome de Snowden e seus dados de local e data de nascimento, tanto em espanhol como em inglês.

A emissora disse que se trata de um pedido de trânsito humanitário e não a concessão de asilo, mas seria o primeiro passo para que o americano possa viajar para Quito e ali solicitar o asilo.

Narváez é precisamente o diplomata equatoriano que mantém contato direto com o fundador do Wikileaks, Julian Assange, que se encontra na embaixada equatoriana em Londres há um ano.

Assange afirmou na última segunda-feira que Snowden poderia estar a caminho do Equador através de uma rota "segura" que inclui, além da Rússia, "outros países" que não especificou.

Snowden deixou Hong Kong e foi para Moscou neste fim de semana, ajudado pelo Wikileaks, para evitar a extradição solicitada pelos Estados Unidos.


Nesta quarta-feira, no entanto, Galo Galarza - o chanceler encarregado do Equador - negou a emissão de qualquer documento para o ex-técnico da CIA Edward Snowden.

"Ele (Snowden) não tem um documento emitido pelo Equador como um passaporte ou uma carteira de refugiado como foi divulgado", disse Galarza.

O governo do Equador garantiu que está à espera de uma informação por escrito dos Estados Unidos sobre a situação legal de Snowden.

O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, atualmente em viagem pela Ásia, disse que os EUA ainda não enviaram nenhuma comunicação escrita sobre a situação de Snowden.

"Necessitamos de dois meses para tomar a decisão e oferecer asilo a Julian Assange, por isso não cabe esperar que neste caso (Snowden) sejamos mais rápidos em tomar uma decisão", disse o titular da Chancelaria equatoriana em Kuala Lumpur, Malásia.

O Equador "tem que avaliar todos os riscos, inclusive o fato de que tal decisão pode afetar às relações comerciais com os Estados Unidos e à economia do país", disse Patiño.

Por enquanto, Snowden permanece na Rússia e completou hoje seu terceiro dia na zona de trânsito do aeroporto de Moscou. EFE

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Washington - A emissora de TV dos Estados Unidos "Univisión" divulgou nesta quarta-feira um documento que, garantiu, é o salvo-conduto concedido pelo Equador para Edward Snowden , procurado nos EUA por divulgar detalhes de programas secretos de vigilância e que permanece no aeroporto de Moscou.

"Este documento foi emitido para permitir a mudança direta de seu titular para o território do Equador com o propósito de asilo político. Se solicita às autoridades correspondentes dos países em trânsito que se dignem a prestar as facilidades do caso, a fim de que o portador do presente documento possa realizar sua viagem com destino ao Equador", diz o documento divulgado pela "Univisión" em seu site.

O documento foi elaborado em Londres com data de 22 de junho e conta com a assinatura do cônsul equatoriano na capital britânica, Fidel Narváez Narváez.

Nele figura o nome de Snowden e seus dados de local e data de nascimento, tanto em espanhol como em inglês.

A emissora disse que se trata de um pedido de trânsito humanitário e não a concessão de asilo, mas seria o primeiro passo para que o americano possa viajar para Quito e ali solicitar o asilo.

Narváez é precisamente o diplomata equatoriano que mantém contato direto com o fundador do Wikileaks, Julian Assange, que se encontra na embaixada equatoriana em Londres há um ano.

Assange afirmou na última segunda-feira que Snowden poderia estar a caminho do Equador através de uma rota "segura" que inclui, além da Rússia, "outros países" que não especificou.

Snowden deixou Hong Kong e foi para Moscou neste fim de semana, ajudado pelo Wikileaks, para evitar a extradição solicitada pelos Estados Unidos.


Nesta quarta-feira, no entanto, Galo Galarza - o chanceler encarregado do Equador - negou a emissão de qualquer documento para o ex-técnico da CIA Edward Snowden.

"Ele (Snowden) não tem um documento emitido pelo Equador como um passaporte ou uma carteira de refugiado como foi divulgado", disse Galarza.

O governo do Equador garantiu que está à espera de uma informação por escrito dos Estados Unidos sobre a situação legal de Snowden.

O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, atualmente em viagem pela Ásia, disse que os EUA ainda não enviaram nenhuma comunicação escrita sobre a situação de Snowden.

"Necessitamos de dois meses para tomar a decisão e oferecer asilo a Julian Assange, por isso não cabe esperar que neste caso (Snowden) sejamos mais rápidos em tomar uma decisão", disse o titular da Chancelaria equatoriana em Kuala Lumpur, Malásia.

O Equador "tem que avaliar todos os riscos, inclusive o fato de que tal decisão pode afetar às relações comerciais com os Estados Unidos e à economia do país", disse Patiño.

Por enquanto, Snowden permanece na Rússia e completou hoje seu terceiro dia na zona de trânsito do aeroporto de Moscou. EFE

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