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Sindicato dos trabalhadores grevistas diz que negociações com a Boeing serão retomadas nesta terça

96% dos trabalhadores representados pelo IAM-District 751 aprovaram a paralisação das atividades

(Jason Redmond/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 16 de setembro de 2024 às 07h15.

Última atualização em 16 de setembro de 2024 às 07h16.

As negociações entre a fabricante de aviões americana Boeing e o Sindicato Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM) serão retomadas na terça-feira, 17, no âmbito de uma mediação federal, anunciou a seção local desta organização.

"O sindicato se reunirá na terça-feira com mediadores federais designados pelo Serviço Federal de Mediação e Conciliação (FMCS) e a Boeing para iniciar as discussões ", disse na noite de sábado o IAM-District 751, que representa mais de 33.000 membros do sindicato da Boeing na área de Seattle (noroeste).

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O sindicato informou à AFP no domingo, 15, que não possuía outros dados, enquanto a empresa se recusou a comentar.

Greve começou na semana passada

Assim que a greve foi anunciada, na última quinta-feira, 12, o grupo indicou que estava ansioso para voltar à mesa de negociações e chegar a um acordo.

Cerca de 94,6% dos trabalhadores representados pelo IAM-District 751 rejeitaram o projeto de acordo coletivo anunciado em 8 de setembro, e 96% aprovaram a paralisação das atividades.

A última greve na Boeing, que emprega cerca de 170 mil pessoas, ocorreu em 2008 e durou 57 dias.
O FMCS anunciou na noite de sexta-feira que as partes "retomarão suas reuniões no início da próxima semana", sem especificar uma data.

"Este é o momento de nos levantarmos, de mostrar à Boeing que nossas vozes não são apenas poderosas, mas que não podem ser silenciadas", disse o sindicato no sábado, convidando os grevistas a divulgar a situação na empresa para “todo o país e além".

"Estamos mais fortes do que nunca e não desistiremos", advertiu a organização.

A greve, que começou com a expiração do acordo coletivo anterior à meia-noite de quinta-feira, paralisou duas importantes fábricas da Boeing: as de Renton e Everett, que produzem o 737 MAX - o modelo mais vendido -, o 777 de transporte de carga e o avião-tanque 767, cujas entregas já estão atrasadas.

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