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Separatistas pró-Rússia criam novo Estado para substituir Ucrânia

A criação foi anunciada pelo líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, que definiu um período de transição de três anos para sua criação

Separatistas: o novo Estado deverá abranger as regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk e "outras 19 regiões" de toda Ucrânia (Valeriy Bilokryl/Reuters)
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EFE

Publicado em 18 de julho de 2017 às 10h18.

Moscou - O líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, Alexander Zakharchenko, proclamou nesta terça-feira a criação de um novo Estado que incluiria as regiões separatistas do leste da Ucrânia e o resto do país.

Segundo a Agência de Notícias de Donetsk e numerosos meios de comunicação russos, Zakharchenko anunciou na cidade de Donetsk, reduto dos separatistas pró-Rússia, que o novo Estado se chamará Malorossiya (Pequena Rússia) e haverá um período de transição de três anos para sua criação.

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De acordo com o anúncio surpreendente - que Zakharchenko fez com seu habitual uniforme militar, conforme mostram as imagens de um vídeo divulgado por meios russos - o novo Estado não abrangerá só as regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk, mas "outras 19 regiões" de toda Ucrânia, incluída a de Kiev.

"Nós, representantes das regiões da antiga Ucrânia, exceto a Crimeia, proclamamos a criação do novo Estado que será o sucessor da Ucrânia", anunciou Zakharchenko.

"Todos os delegados presentes votaram por unanimidade em favor da declaração política sobre a criação de Malorossiya com capital em Donetsk", informou a imprensa ligada aos separatistas pró-Rússia.

As autoridades de Donetsk criarão uma comissão para preparar a Constituição do novo Estado de Malorossiya, segundo o assessor de Zakharchenko, Alexander Kazakov.

De acordo com o líder da região separatista, essa Constituição será aprovada em um referendo popular após um amplo debate.

Um dos pontos da "declaração" enfatiza que "a Ucrânia é um Estado falido que demonstrou sua incapacidade para proporcionar a seus habitantes um presente e um futuro próspero e em paz".

Moscou ainda não reagiu ao surpreendente anúncio dos separatistas, que em 2014, após a anexação da península da Crimeia pela Rússia, iniciaram uma guerra contra o governo central em Kiev no leste do país que já deixou cerca de 10 mil mortos.

Por outro lado, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, respondeu à iniciativa garantindo que Kiev restabelecerá a soberania sobre as regiões de Donetsk e Lugansk, bem como sobre a Crimeia.

"O projeto de Novorossiya foi enterrado", disse Porosehenko, citado por seu porta-voz, Sviatoslav Tsegolko, em referência à antiga proclamação dessa república chamada "Nova Rússia" nas regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk.

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