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Senador republicano lidera denúncia contra Obama e NSA

"Decidi iniciar processo legal contra Obama porque ele se negou, publicamente, a pôr fim a uma violação clara e contínua da Quarta Emenda", disse o senador


	Barack Obama: além do presidente e da NSA, a denúncia inclui o diretor nacional de Inteligência, James Clapper, o diretor da NSA, o general Keith Alexander, e o diretor do FBI (JEWEL SAMAD/AFP)

Barack Obama: além do presidente e da NSA, a denúncia inclui o diretor nacional de Inteligência, James Clapper, o diretor da NSA, o general Keith Alexander, e o diretor do FBI (JEWEL SAMAD/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 15h07.

Washington - O senador republicado Rand Paul liderou nesta quarta-feira uma denúncia legal contra o presidente dos EUA, Barack Obama, e a Agência de Segurança Nacional (NSA) por considerar que a Constituição foi violada com as espionagens das comunicações de milhões de cidadãos.

"Decidi iniciar um processo legal contra o presidente Obama porque ele se negou, publicamente, a pôr fim a uma violação clara e contínua da Quarta Emenda" da Constituição, disse o senador por Kentucky em entrevista coletiva.

A Quarta Emenda faz parte da chamada Carta de Direitos dos Moradores dos Estados Unidos e estipula como direito inviolável que "suas pessoas, domicílios, papéis e efeitos sejam poupados de pesquisas e apreensões arbitrárias".

Paul, da mesma forma que outros políticos e grupos defensores dos direitos civis, sustenta que a NSA violou tal direito com sua coleta de dados sobre as comunicações telefônicas e digitais de milhões de pessoas, uma atividade revelada pelo ex-analista dessa agência de espionagem Edward Snowden.

"A Carta de Direitos protege todos os cidadãos contra as pesquisas generalizadas", acrescentou Paul.

Além de Obama e da NSA, a denúncia inclui o diretor nacional de Inteligência, James Clapper, o diretor da NSA, o general Keith Alexander, e o diretor do FBI (polícia federal americana), James Comey.

O advogado principal da denúncia é Ken Cuccinelli, que foi secretário de Justiça no vizinho estado da Virgínia até o ano passado.

Matt Kibble, presidente do grupo FreedomWorks, que se uniu à denúncia, explicou que sua organização "participa deste processo em nome de uma comunidade de seis milhões de cidadãos em todo o país, junto com qualquer americano que tenha um telefone".

"Se o senhor usa um telefone, deveria se preocupar com o caso", disse Kibble. 

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