Seis soldados egícios morrem em ataque no Cairo
O ataque ocorreu em um posto de controle militar no Egito, onde as forças de segurança são alvos frequentes
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2014 às 12h42.
Cairo - Homens armados mataram neste sábado seis soldados em um posto de controle militar no Egito , onde as forças de segurança são alvos frequentes desde a destituição pelo exército do presidente islamita, Mohamed Mursi.
O exército atribuiu o ataque ao norte do Cairo à Irmandade Muçulmana. A ação aconteceu dois dias depois de outra contra um ônibus militar que deixou um soldado morto e três feridos.
Os insurgentes, com base no Sinai, ampliaram para outras regiões do país os ataques contra soldados e policiais, que mataram mais de 200 integrantes das forças de segurança desde a destituição e detenção de Mursi em julho de 2013.
Os seis soldados morreram em Shubra al-Kheima, ao norte do Cairo, depois que os criminosos abriram fogo contra os militares ao fim da oração muçulmana da manhã. Depois colocaram duas bombas no local, que tinham como alvos os serviços de emergência.
"Os soldados tiveram poucas possibilidades de defesa. Estavam rezando", disse o porta-voz do exército, o coronel Ahmed Ali.
O ministério da Saúde confirmou o balanço de seis soldados mortos.
Muitos ataques acontecem na província do Sinai, mas recentemente passaram a atingir a região do Delta do Nilo e a capital.
O grupo jihadista Ansar Beit al-Maqdis, que afirma ser inspirado pela Al-Qaeda, reivindicou grande parte dos ataques, como a queda de um helicóptero em janeiro no Sinai.
Governo acusa a Irmandade Muçulmana
Mas o novo governo dirigido de fato pelo exército atribui os ataques à Irmandade Muçulmana, a organização de Mursi que venceu todas as eleições desde a queda de Hosni Mubarak no início de 2011.
O grupo, que renunciou às armas há várias décadas, nega a acusação.
Após o ataque deste sábado, o exército afirmou que "um grupo armado pertencente ao grupo terrorista da Irmandade Muçulmana atacou um posto de controle da polícia militar".
As autoridades egípcias iniciaram uma dura campanha de repressão contra os partidários de Mursi, único presidente eleito democraticamente no Egito, que matou mais de 1.400 manifestantes, segundo a Anistia Internacional.
Milhares de islamitas, em sua maioria membros da Irmandade, também foram detidos.
O novo governo egípcio declarou em dezembro a Irmandade Muçulmana uma "organização terrorista", poucos meses depois da destituição de Mursi, que é réu em vários processos.
O grupo jihadista Ansar Beit al-Maqdis anunciou neste sábado a morte de um de seus fundadores, Tawfiq Mohamed Fareej, na detonação de material explosivo que ele transportava durante um acidente de trânsito.
O exército iniciou em meados de 2013 uma grande ofensiva no Sinai para expulsar os jihadistas. Os analistas afirmam que os insurgentes executam menos ataques atualmente, mas conseguiram espalhar as ações por todo o país.
Cairo - Homens armados mataram neste sábado seis soldados em um posto de controle militar no Egito , onde as forças de segurança são alvos frequentes desde a destituição pelo exército do presidente islamita, Mohamed Mursi.
O exército atribuiu o ataque ao norte do Cairo à Irmandade Muçulmana. A ação aconteceu dois dias depois de outra contra um ônibus militar que deixou um soldado morto e três feridos.
Os insurgentes, com base no Sinai, ampliaram para outras regiões do país os ataques contra soldados e policiais, que mataram mais de 200 integrantes das forças de segurança desde a destituição e detenção de Mursi em julho de 2013.
Os seis soldados morreram em Shubra al-Kheima, ao norte do Cairo, depois que os criminosos abriram fogo contra os militares ao fim da oração muçulmana da manhã. Depois colocaram duas bombas no local, que tinham como alvos os serviços de emergência.
"Os soldados tiveram poucas possibilidades de defesa. Estavam rezando", disse o porta-voz do exército, o coronel Ahmed Ali.
O ministério da Saúde confirmou o balanço de seis soldados mortos.
Muitos ataques acontecem na província do Sinai, mas recentemente passaram a atingir a região do Delta do Nilo e a capital.
O grupo jihadista Ansar Beit al-Maqdis, que afirma ser inspirado pela Al-Qaeda, reivindicou grande parte dos ataques, como a queda de um helicóptero em janeiro no Sinai.
Governo acusa a Irmandade Muçulmana
Mas o novo governo dirigido de fato pelo exército atribui os ataques à Irmandade Muçulmana, a organização de Mursi que venceu todas as eleições desde a queda de Hosni Mubarak no início de 2011.
O grupo, que renunciou às armas há várias décadas, nega a acusação.
Após o ataque deste sábado, o exército afirmou que "um grupo armado pertencente ao grupo terrorista da Irmandade Muçulmana atacou um posto de controle da polícia militar".
As autoridades egípcias iniciaram uma dura campanha de repressão contra os partidários de Mursi, único presidente eleito democraticamente no Egito, que matou mais de 1.400 manifestantes, segundo a Anistia Internacional.
Milhares de islamitas, em sua maioria membros da Irmandade, também foram detidos.
O novo governo egípcio declarou em dezembro a Irmandade Muçulmana uma "organização terrorista", poucos meses depois da destituição de Mursi, que é réu em vários processos.
O grupo jihadista Ansar Beit al-Maqdis anunciou neste sábado a morte de um de seus fundadores, Tawfiq Mohamed Fareej, na detonação de material explosivo que ele transportava durante um acidente de trânsito.
O exército iniciou em meados de 2013 uma grande ofensiva no Sinai para expulsar os jihadistas. Os analistas afirmam que os insurgentes executam menos ataques atualmente, mas conseguiram espalhar as ações por todo o país.