Mundo

Schulz nega pré-acordo por grande coalizão e alega outras opções

O líder do SPD tachou informações sobre pré-acordo de "interessadas" e acusou as fileiras da CDU de Merkel de serem sua fonte

Martin Schulz: jornal havia apontado que tanto ele como Merkel se mostraram dispostos a negociar outra grande coalizão (Axel Schmidt/Reuters)

Martin Schulz: jornal havia apontado que tanto ele como Merkel se mostraram dispostos a negociar outra grande coalizão (Axel Schmidt/Reuters)

E

EFE

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 11h08.

Berlim - O líder social-democrata Martin Schulz negou nesta sexta-feira que já haja um pré-acordo a favor de negociar uma nova grande coalizão com o bloco conservador da chanceler alemã, Angela Merkel, para ressaltar que há "outras opções" para um futuro governo, que serão debatidas por seu partido.

"As informações sobre um suposto acordo são ingenuamente falsas", assegurou Schulz, depois que o popular jornal "Bild" informou hoje que tanto ele como Merkel se mostraram dispostos a negociar outra grande coalizão, após a reunião mediada ontem pelo presidente do país, Frank-Walter Steinmeier.

O líder do Partido Social-Democrata (SPD) tachou tais informações de "interessadas" e acusou as fileiras da União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel como sua suposta fonte, sem entrar em mais considerações.

Schulz fez estas declarações após a reunião realizada esta manhã com a cúpula do SPD, à qual se seguirá na próxima segunda-feira outra sessão interna do partido, onde devem ser formuladas propostas concretas para abordar no congresso federal que sua legenda realizará entre os dias 7 e 9 de dezembro, em Berlim.

O líder social-democrata deverá tentar sua reeleição como chefe do partido, junto com o resto da cúpula, nesse congresso, para o qual se prevê intensos debates sobre uma eventual grande coalizão.

A juventude social-democrata lançou uma iniciativa contra uma reedição dessa fórmula de governo, que classifica como uma "afronta" aos eleitores, já que, durante toda sua campanha, Schulz negou categoricamente a possibilidade de entrar de novo em um governo com Merkel.

A chanceler, Schulz e o líder de União Social-Cristã da Baviera (CSU), Horst Seehofer, realizaram ontem seu primeiro encontro, dez semanas depois das eleições gerais, a pedido do presidente Steinmeier com o objetivo de buscar vias para conseguir um governo estável para evitar a convocação de novas eleições.

A reunião foi encerrada após pouco mais de duas horas, sem declarações por parte de nenhum dos participantes, de acordo com o previsto, já que os três líderes devem abordar os conteúdos com as cúpulas dos seus partidos.

Steinmeier tinha convocado os líderes para o diálogo depois do fracasso das negociações para formar um governo entre o bloco conservador de Merkel - integrado pela sua União Democrata-Cristã (CDU) e a CSU bávara - com os verdes e os liberais.

Mais de Mundo

Rebeldes houthis reivindicam ataque de míssil contra Israel – e Netanyahu promete retaliação

Parentes dos dois espanhóis detidos na Venezuela haviam denunciado desaparecimento

Espanha nega estar envolvida em uma operação para desestabilizar a Venezuela

Com fortes chuvas, China se prepara para chegada de tufão Bebinca