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Scania rejeita venda à MAN por US$ 12 bilhões

Valor da proposta foi considerado "injusto"; pretendente alemã ainda espera decisão da Volkswagen

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A Scania e seu segundo maior acionista, a Investor, anunciaram nesta segunda-feira (18/9) a rejeição da proposta de venda da companhia por 9,6 bilhões de euros (ou 12,15 bilhões de dólares) à fabricante alemã de caminhões MAN. De acordo com o americano The Wall Street Journal, a concretização do negócio poderia criar o maior fabricante comercial de veículos da Europa.

Segundo declaração do Investor, a oferta da MAN não reflete "o valor justo e potencial da Scania" e,  por isso, foi rejeitada. O Investor é o principal braço de investimento em veículos dos Wallenberg, a poderosa família sueca que controla cerca de 29% dos votos da Scania. O maior acionista da montadora é a Volkswagen, que detém 34% das ações com direito a voto.

A Scania afirmou que a decisão de rejeitar a proposta da MAN foi unânime entre a diretoria. Mas ainda há que se esperar pela decisão da Volkswagen, que prometeu uma resposta à proposta de compra de ações até esta terça-feira (19/9).

A MAN declarou que ganhará pelo menos 500 milhões de euros por ano (632 milhões de dólares) se o negócio for realizado e promete não fechar unidades de produção. A união combinaria duas das maiores fabricantes de caminhões do mundo - a Scania possui uma das melhores margens de rentabilidade da indústria, fazendo caminhões de transporte com reboques longos, enquanto a MAN é mais forte no mercado de caminhões leves, usados para jornadas curtas.

Juntas as empresas se tornariam o maior fabricante de caminhões em participação de mercado na Europa, à frente da sueca Volvo, e da alemã DaimlerChrysler - estas duas, no entanto, ainda liderariam o ranking das vendas mundiais. Como maior acionista da Scania, a Volkswagen poderia incluir no negócio com a MAN, se concretizado, sua operação de caminhões na América latina, segundo TheWall Street Journal.

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