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Saint Martin está "pior do que zona de guerra", diz rei holandês

A fala do rei Guilherme Alexandre da Holanda faz referência à destruição causada pelo passagem do furacão Irma pela ilha no Caribe

Saint Martin: mais de 70% dos lares de Saint Martin foram destruídos na tempestade da semana passada (Netherlands Ministry of Defence/Handout/Reuters)
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EFE

Publicado em 12 de setembro de 2017 às 11h06.

Haia - A devastação provocada pelo furacão Irma em Saint Martin é "pior que qualquer zona de guerra" e está "além do que qualquer pode imaginar", disse nesta terça-feira o rei Guilherme Alexandre da Holanda em uma visita a essa ilha holandesa no Caribe.

"Vi muitas destruições na minha época de guerras e muitos desastres naturais, mas nunca vi algo assim. Seja para onde olhamos, só há destruição e caos", afirmou o monarca, em declarações recolhidas pelo jornal holandês "NU".

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Mais de 70% dos lares de Saint Martin foram destruídos na tempestade da semana passada, que também deixou sem água corrente e nem rede de telefonia grandes zonas da ilha.

O rei assegurou que pôde ver tudo desde o avião no qual chegou na segunda-feira à ilha, desde Curaçao, e reiterou que "nunca tinha visto algo parecido".

"É possível ver como as pessoas estão trabalhando duro para limpar tudo. Estão dizendo: estamos de pé, lado a lado, trabalhando ombro a ombro, e vamos reconstruir a ilha. Acreditam no futuro", disse sobre os moradores locais.

Ainda não está claro se esta ilha pode se beneficiar do financiamento da União Europeia para cobrir os custos da reconstrução.

Enquanto a metade do norte é parte constituinte da França, o que a qualifica automaticamente para as subvenções da UE, o resto de Saint Martin é uma nação autônoma dentro do Reino de Holanda e não é oficialmente parte da União.

A eurodeputada holandesa Agnes Jongeriur disse hoje à imprensa que a emergência e a situação na qual se encontra St Martin neste momento é mais importante que qualquer regulamento.

"As regras não importam aqui. As pessoas de Saint Martin necessitam de ajuda. A UE atribuiu 2 bilhões de euros em fundos de Emergência para o socorro imediato em caso de catástrofe e para restaurar os elementos essenciais e básicos como a água potável", afirmou.

O Parlamento Europeu debaterá amanhã a ajuda às ilhas afetadas pelo furacão Irma.

O monarca holandês viajará hoje mesmo a Santo Eustáquio e Saba, que também sofreram danos pela forte tempestade - em menor medida - e onde a comunicação ainda segue sendo complicada.

A Holanda já doou 1,5 milhão de euros às vítimas do furacão e enviou mais de 200 soldados para entregar alimentos, água e remédios e para ajudar no resgate dos sobreviventes.

O Governo holandês também mandou uma equipe de especialistas às três ilhas caribenhas para avaliar os danos e elaborar um plano de reconstrução.

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