Rússia exige da Turquia prisão de assassino do seu piloto
Segundo a imprensa turca, Celik admitiu ter baleado o piloto russo, apesar de ele estar descendo de paraquedas e não ter condições de se defender
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 12h30.
Moscou - A Rússia exigiu nesta quarta-feira da Turquia que prenda o homem que confessou ter assassinado o piloto do bombardeiro russo Su-24 quando ele descia de paraquedas após a aeronave ser derrubada por um caça turco na fronteira síria, há um mês.
"Exigimos que as autoridades turcas tomem medidas urgentes para prender Alparslan Celik e seus cúmplices", declarou Maria Zakharova, porta-voz do ministério de Relações Exteriores russo.
A Rússia exige que a Turquia "abra um processo pelo assassinato do piloto russo (Oleg Peshkov) e pela participação em combates junto a grupos armados ilegais no território de um país estrangeiro", em referência à Síria.
Segundo a imprensa turca, Celik admitiu ter baleado o piloto russo, apesar de ele estar descendo de paraquedas e não ter condições de se defender, porque pouco antes tinha bombardeado as posições das milícias turcomanas que lutam contra o regime na Síria.
A embaixada russa na Turquia acusou publicamente Celik do assassinato do militar russo, que se ejetado do bombardeiro para se salvar, incidente que Moscou considera uma grosseira violação do direito internacional e das convenções humanitárias em tempos de guerra.
O presidente russo, Vladimir Putin, que condecorou o piloto abatido postumamente como Herói da Rússia, garantiu que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, nunca o informou sobre a presença na Síria de uma minoria turcomana, o que ele nega.
Além do processo pelo homicídio do piloto, a Rússia exige da Turquia tanto desculpas formais como uma indenização econômica pela perda do avião.
Em sua entrevista coletiva anual, há duas semanas, Putin insistiu que a derrubada do Su-24 foi uma "punhalada nas costas" da Rússia.
"Para que fizeram isso? Não entendo. Por acaso pensavam que fugiríamos? Certamente que não. A Rússia não é desses. Se antes a aviação turca voava e violava permanentemente o espaço aéreo da Síria, que voem agora", em referência as baterias antiaéreas S-400 russas posicionadas na fronteira.
O chefe do Kremlin afirmou que é "praticamente impossível" chegar a um acordo com Erdogan, a quem acusou de dar as costas a Atatürk (Mustafa Kemal, o fundador do atual Estado laico turco), e dar rédea solta aos islamitas na Turquia.
Como represália, Putin ordenou sanções econômicas contra a Turquia, como a suspensão de voos charter, a imposição de vistos, o congelamento dos acordos comerciais e o embargo a verduras e frutas.
Além disso, acusou a Turquia de ter derrubado seu bombardeiro para proteger as vias de provisão de petróleo extraído pelo Estado Islâmico (EI) nos territórios sob seu controle na Síria e no Iraque, o que foi categoricamente negado por Erdogan.
Moscou - A Rússia exigiu nesta quarta-feira da Turquia que prenda o homem que confessou ter assassinado o piloto do bombardeiro russo Su-24 quando ele descia de paraquedas após a aeronave ser derrubada por um caça turco na fronteira síria, há um mês.
"Exigimos que as autoridades turcas tomem medidas urgentes para prender Alparslan Celik e seus cúmplices", declarou Maria Zakharova, porta-voz do ministério de Relações Exteriores russo.
A Rússia exige que a Turquia "abra um processo pelo assassinato do piloto russo (Oleg Peshkov) e pela participação em combates junto a grupos armados ilegais no território de um país estrangeiro", em referência à Síria.
Segundo a imprensa turca, Celik admitiu ter baleado o piloto russo, apesar de ele estar descendo de paraquedas e não ter condições de se defender, porque pouco antes tinha bombardeado as posições das milícias turcomanas que lutam contra o regime na Síria.
A embaixada russa na Turquia acusou publicamente Celik do assassinato do militar russo, que se ejetado do bombardeiro para se salvar, incidente que Moscou considera uma grosseira violação do direito internacional e das convenções humanitárias em tempos de guerra.
O presidente russo, Vladimir Putin, que condecorou o piloto abatido postumamente como Herói da Rússia, garantiu que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, nunca o informou sobre a presença na Síria de uma minoria turcomana, o que ele nega.
Além do processo pelo homicídio do piloto, a Rússia exige da Turquia tanto desculpas formais como uma indenização econômica pela perda do avião.
Em sua entrevista coletiva anual, há duas semanas, Putin insistiu que a derrubada do Su-24 foi uma "punhalada nas costas" da Rússia.
"Para que fizeram isso? Não entendo. Por acaso pensavam que fugiríamos? Certamente que não. A Rússia não é desses. Se antes a aviação turca voava e violava permanentemente o espaço aéreo da Síria, que voem agora", em referência as baterias antiaéreas S-400 russas posicionadas na fronteira.
O chefe do Kremlin afirmou que é "praticamente impossível" chegar a um acordo com Erdogan, a quem acusou de dar as costas a Atatürk (Mustafa Kemal, o fundador do atual Estado laico turco), e dar rédea solta aos islamitas na Turquia.
Como represália, Putin ordenou sanções econômicas contra a Turquia, como a suspensão de voos charter, a imposição de vistos, o congelamento dos acordos comerciais e o embargo a verduras e frutas.
Além disso, acusou a Turquia de ter derrubado seu bombardeiro para proteger as vias de provisão de petróleo extraído pelo Estado Islâmico (EI) nos territórios sob seu controle na Síria e no Iraque, o que foi categoricamente negado por Erdogan.