Rússia acusa Alemanha de tentar "demonizar" o país com resolução sobre fome na Ucrânia
Em 1932 e 1933, quase 3,5 milhões de ucranianos morreram em consequência do Holodomor, termo que, em ucraniano, significa "extermínio por fome"
Nesta foto de arquivo de 26 de novembro de 2022, moradores acendem velas em memória das vítimas do Holodomor, em Lviv, Ucrânia (AFP/AFP Photo)
1 de dezembro de 2022, 10h52
A Rússia acusou a Alemanha nesta quinta-feira, 1º, de querer "demonizar" o país, depois que os deputados alemães aprovaram uma resolução que classifica como "genocídio" a fome orquestrada por Stalin, a qual provocou milhões de mortes na Ucrânia na década de 1930.
Em 1932 e 1933, quase 3,5 milhões de ucranianos morreram em consequência do Holodomor, termo que, em ucraniano, significa "extermínio por fome". As colheitas foram confiscadas pelo regime stalinista em nome da coletivização da terra, o que deixou milhões de pessoas em estado de inanição.
A Ucrânia e vários historiadores consideram os atos um "genocídio". A Rússia refuta a existência de um desejo de exterminar o povo ucraniano.
Na quarta-feira, 30, a Câmara Baixa do Parlamento da Alemanha aprovou por ampla maioria uma resolução que reconhece esta fome como "genocídio".
O texto foi aprovado em plena ofensiva russa na Ucrânia, onde as forças de Moscou intensificam os ataques contra infraestruturas civis.
A iniciativa alemã é "uma nova tentativa de justificar e exaltar a campanha de demonização da Rússia, apoiada pelo Ocidente", denunciou o Ministério russo das Relações Exteriores.
Também acusou a Alemanha de "querer reescrever sua própria história e de esquecer de se arrepender das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial", uma referência à campanha de extermínio dos judeus sob o Terceiro Reich.
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