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Romney faz campanha mais confiante por debate contra Obama

Aos 65 anos, o candidato republicano à Casa Branca deu esperanças à sua equipe ao vencer de forma surpreendente o cara a cara de Denver, Colorado (oeste)

O candidato republicano fala durante o debate contra o presidente Barack Obama: dois outros debates presidenciais estão agendados para 16 e 22 de outubro (©AFP / Nicholas Kamm)
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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 12h51.

Denver - Mitt Romney retoma sua campanha eleitoral revigorado por seu bom desempenho no debate de quarta-feira contra Barack Obama, que tenta tranquilizar seus partidários após um desempenho decepcionante.

Aos 65 anos, o candidato republicano à Casa Branca deu esperanças à sua equipe ao vencer de forma surpreendente o cara a cara de Denver, Colorado (oeste). Dois terços dos entrevistados pela CNN imediatamente após a emissão indicaram Romney como o vencedor, contra um terço para Barack Obama. Nunca um candidato havia ultrapassado os 60% na história da pesquisa.

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O presidente, apesar de algumas boas fórmulas marcadas com sorrisos, se envolveu frequentemente em longas respostas sinuosas e, com o rosto às vezes tenso, deu com um Mitt Romney que provou que pode discutir em igualdade de condições com o chefe de Estado sem parecer arrogante.

Atacando o equilíbrio econômico de Barack Obama, Mitt Romney se prendeu a mensagem central de sua campanha: "Se o presidente for reeleito, a classe média continuará a ser esmagada com salários em queda e elevação de preços".

O republicano voou nesta quinta-feira para Virginia, um estado-chave conquistado por Obama em 2008, mas que ainda está em jogo este ano. Ele encontrará seu companheiro de chapa, Paul Ryan, para uma reunião pública.

Barack Obama estende sua estada em Denver para um evento ao ar livre, na manhã desta quinta-feira, antes de voar para Wisconsin (norte), onde uma marcha no campus de Madison deve lembrá-lo que ele lidera as pesquisas neste Estado.

"A perspectiva de Romney é que, se baixarmos os impostos para os ricos e suprimirmos as regulamentações, viveremos melhor. Tenho uma opinião diferente", declarou o democrata durante o debate.


Os dois candidatos foram questionados em numerosas ocasiões na uma hora e meia de debate, incentivados por um moderador que os impelia a descrever em detalhes seus programas econômicos - um pedido que, por vezes, levou a uma avalanche de estatísticas.

O papel do Estado deu margem para opiniões mais contrastadas, com Mitt Romney defendendo a eficácia do setor privado, até mesmo da saúde. Barack Obama mirou no projeto republicano de reforma do sistema do seguro de saúde pública para os mais de 65 anos, o Medicare.

"Mas Romney ainda tem um caminho íngreme a escalar", ressaltou Clyde Wilcox, professor de ciência política na Universidade de Georgetown.

A menos de cinco semanas para as eleições, e enquanto milhões de americanos já podem votar pelo correio, persistem os três pontos de vantagem para o presidente, de acordo com o site de referência RealClearPolitics.

Um possível impacto do debate sobre as pesquisas foi descartado pelo conselheiro de Obama, David Plouffe, imediatamente após o encontro: "Nós não nos importamos com pesquisas nacionais", declarou o especialista de batalhas eleitorais.

Apenas os doze estados-chave como Ohio, Virginia e Flórida, importam, à medida que sozinhos podem decidir a eleição, por causa do sistema de votação indireta. No entanto, nesses Estados, Barack Obama destaca-se mais claramente do que o seu adversário nas urnas, até 5,5 pontos em média em Ohio.

A equipe de Romney reconheceu na quarta-feira à noite que o debate não é suficiente para mudar a situação.

"Eu não acho que veremos mudanças espetaculares", disse à AFP Kevin Madden, conselheiro próximo de Mitt Romney. "Nós vemos o debate como uma conversa em três partes. Hoje foi a primeira parte".

Dois outros debates presidenciais estão agendados para 16 e 22 de outubro. O vice-presidente Joe Biden encontrará Paul Ryan em 11 de outubro.

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