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Relatório do FBI isenta indicado de Trump ao Supremo, diz senador

O FBI não encontrou indícios de supostos abusos cometidos pelo indicado à Suprema Corte, Brett Kavanaugh

Brett Kavanaugh, indicado ao Supremo por Trump (Andrew Harnik/Getty Images)

Brett Kavanaugh, indicado ao Supremo por Trump (Andrew Harnik/Getty Images)

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EFE

Publicado em 4 de outubro de 2018 às 12h20.

Última atualização em 4 de outubro de 2018 às 15h06.

Washington - O chefe da Comissão de Justiça do Senado dos Estados Unidos, o republicano Chuck Grassley, afirmou nesta quinta-feira que o FBI não encontrou indícios de supostos abusos cometidos pelo indicado à Suprema Corte, Brett Kavanaugh, após ler o relatório redigido por esta agência.

"Não há nada que já não soubéssemos. Estas acusações não corroboradas são inverídicas e repetidamente rechaçadas pelo juiz Kavanaugh, e nem a Comissão de Justiça nem o FBI conseguiram encontrar uma terceira parte que confirmasse alguma das alegações. (...) Esta investigação não encontrou indícios de má conduta", expressou Grassley em comunicado.

O documento em questão é produto das pesquisas feitas desde sexta-feira passada pelo FBI, a partir de um pedido da Casa Branca, depois que senadores influentes pressionaram para que o relatório fosse redigido.

Além de saber se Kavanaugh cometeu ou não algum dos abusos dos quais foi acusado, também espera-se que o relatório possa esclarecer se o juiz mentiu ou não para o Comitê de Justiça do Senado durante seu depoimento na quinta-feira passada.

Depois de ouvir o relatório, que os senadores tiveram acesso nesta manhã, Grassley pediu a votação para confirmar Kavanaugh como juiz da Suprema Corte.

"É hora de votar. Votarei para confirmar o juiz Kavanaugh", enfatizou o legislador.

Os republicanos do Senado garantiram que a votação para confirmar ou não Kavanaugh, que foi indicado pelo presidente Donald Trump, vai acontecer esta semana.

A pouca força dos conservadores na Câmara Alta, com 51 das cem cadeiras, obriga-os a que nenhum de seus membros se ausentem ou votem contra, já que precisam de pelo menos 50 votos para barrar a nomeação do novo juiz.

Kavanaugh foi acusado publicamente de abusos sexuais por três mulheres, entre elas Christine Blasey Ford, que há uma semana foi contar sua versão da história em uma audiência pública no Senado sobre fatos que supostamente aconteceram durante uma festa em 1982.

O próprio Trump, que ridicularizou Christine nos últimos dias, voltou a criticar a oposição democrata hoje.

"Se fizéssemos cem (investigações do FBI), ainda não seria suficientemente bom para os democratas obstrucionistas", escreveu Trump no Twitter nesta quinta-feira.

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