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Relatores da ONU demonstram indignação com execuções no Irã

Os relatores pediram que o governo iraniano escute a comunidade internacional e ponha fim às execuções


	Prisão: sobre Sedeghi, um dos executados hoje, os relatores manifestaram que foi condenado no último dia 2 de julho por narcotráfico
 (Giuseppe Cacace/AFP)

Prisão: sobre Sedeghi, um dos executados hoje, os relatores manifestaram que foi condenado no último dia 2 de julho por narcotráfico (Giuseppe Cacace/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2012 às 15h35.

Genebra - Um grupo de relatores especiais das Nações Unidas expressou nesta terça-feira sua indignação pela execução no Irã de Saeed Sedighi e outras nove pessoas por crimes relacionados com o tráfico e a venda de drogas.

"Deploramos profundamente as recentes execuções e os relatórios sobre detidos que correm o risco de serem executados por acusações que não são consideradas delitos graves no direito internacional", afirmaram em comunicado os relatores especiais sobre o Irã, Ahmed Shaheed, sobre execuções extrajudiciais, Christof Heyns, e sobre tortura, Juan E. Méndez.

Os relatores pediram que o governo iraniano escute a comunidade internacional e ponha fim às execuções.

"É inaceitável que o governo continue com as execuções, sem uma resposta razoável, apesar da preocupação que despertam nos atores internacionais", apontou a nota.

Sobre Sedeghi, um dos executados hoje, os relatores manifestaram que foi condenado no último dia 2 de julho por narcotráfico, um delito não considerado grave pela lei internacional, que não foi submetido a um processo judicial justo e que foi torturado durante sua detenção.

"O direito à vida é o mais importante dos direitos humanos e ninguém deveria ser privado dele de forma arbitrária, especialmente através de processos legais que vão contra os padrões internacionais", disse o relator especial para o Irã.

Neste sentido, os três analistas urgiram à República Islâmica do Irã a impor uma moratória oficial com efeito imediato no uso da pena de morte, especialmente em crimes relacionados com o tráfico de drogas que, segundo a oposição ao regime, é em muitas ocasiões uma desculpa para desfazer-se de presos políticos.

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