Rei saudita redefine sucessão para lidar com turbulência
Remodelação também consolida as relações com os Estados Unidos
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2015 às 09h24.
Riad - O rei Salman, da Arábia Saudita , nomeou nesta quarta-feira um novo herdeiro e indicou o seu jovem filho como o segundo na linha de sucessão, em uma grande mudança na estrutura de poder da elite saudita ultraconservadora em um momento de turbulência regional quase sem precedentes.
Ao designar o ministro do Interior, Mohammed bin Nayef, de 55 anos, príncipe herdeiro e o ministro da Defesa, Mohammed bin Salman, de 30 anos, o segundo príncipe herdeiro, o rei Salman efetivamente decidiu a linha de sucessão para as próximas décadas no país que é o maior exportador de petróleo do mundo.
A remodelação também consolida as relações com os Estados Unidos.
O príncipe Mohammed bin Nayef, que substitui o príncipe Muqrin, o sucessor escolhido pelo falecido rei Abdullah antes de sua morte, em janeiro, mantém laços pessoais mais próximos com autoridades norte-americanas do que praticamente qualquer outro dirigente do país, disseram diplomatas.
Em outra grande mudança, Salman substituiu o veterano ministro das Relações Exteriores, príncipe Saud al-Faisal, que estava no cargo desde outubro de 1975, pelo embaixador do reino em Washington, Adel al-Jubeir, o primeiro não membro da realeza a exercer o cargo.
Enquanto Mohammed bin Nayef é uma figura familiar, tanto dentro do reino como no Ocidente, por seu papel no esmagamento a uma revolta da Al Qaeda e encarregado da política saudita para a Síria, Mohammed bin Salman é relativamente desconhecido.
Até pouco mais de quatro meses atrás, o jovem príncipe Mohammed só tinha servido como chefe do tribunal de seu pai, era quase um estranho para o público saudita e havia tido relativamente pouco contato com parceiros estrangeiros do reino.
Desde então ele se tornou, como o ministro da Defesa, a face da guerra recém-lançada pela Arábia Saudita no Iêmen, com sua imagem a todo o momento aparecendo nas telas da televisão ou em cartazes de rua, e agora está estabelecido como uma figura central no país.
Petróleo
A remodelação também incluiu o setor de petrolífero, extremamente sensível aos mercados financeiros, já que, por ser o maior exportador do produto, o país detém a chave para o abastecimento mundial.
O executivo-chefe da empresa estatal de petróleo Aramco, Khalid al-Falih, foi nomeado ministro da Saúde, de acordo com o texto do decreto divulgado pela agência oficial de imprensa saudita (SPA).
A emissora saudita al-Arabiya também informou que ele foi nomeado presidente da companhia petrolífera estatal Saudi Aramco, uma posição até então ocupada pelo veterano ministro do Petróleo, Ali al-Naimi, que permaneceu em seu cargo no governo.
A substituição do príncipe Muqrin, o mais jovem meio-irmão de Salman, como príncipe herdeiro significa que o presente monarca será o último dos filhos do fundador da Arábia Saudita, rei Abdulaziz al Saud, a governar, depois que cinco de seus irmãos ocuparam o trono.
Riad - O rei Salman, da Arábia Saudita , nomeou nesta quarta-feira um novo herdeiro e indicou o seu jovem filho como o segundo na linha de sucessão, em uma grande mudança na estrutura de poder da elite saudita ultraconservadora em um momento de turbulência regional quase sem precedentes.
Ao designar o ministro do Interior, Mohammed bin Nayef, de 55 anos, príncipe herdeiro e o ministro da Defesa, Mohammed bin Salman, de 30 anos, o segundo príncipe herdeiro, o rei Salman efetivamente decidiu a linha de sucessão para as próximas décadas no país que é o maior exportador de petróleo do mundo.
A remodelação também consolida as relações com os Estados Unidos.
O príncipe Mohammed bin Nayef, que substitui o príncipe Muqrin, o sucessor escolhido pelo falecido rei Abdullah antes de sua morte, em janeiro, mantém laços pessoais mais próximos com autoridades norte-americanas do que praticamente qualquer outro dirigente do país, disseram diplomatas.
Em outra grande mudança, Salman substituiu o veterano ministro das Relações Exteriores, príncipe Saud al-Faisal, que estava no cargo desde outubro de 1975, pelo embaixador do reino em Washington, Adel al-Jubeir, o primeiro não membro da realeza a exercer o cargo.
Enquanto Mohammed bin Nayef é uma figura familiar, tanto dentro do reino como no Ocidente, por seu papel no esmagamento a uma revolta da Al Qaeda e encarregado da política saudita para a Síria, Mohammed bin Salman é relativamente desconhecido.
Até pouco mais de quatro meses atrás, o jovem príncipe Mohammed só tinha servido como chefe do tribunal de seu pai, era quase um estranho para o público saudita e havia tido relativamente pouco contato com parceiros estrangeiros do reino.
Desde então ele se tornou, como o ministro da Defesa, a face da guerra recém-lançada pela Arábia Saudita no Iêmen, com sua imagem a todo o momento aparecendo nas telas da televisão ou em cartazes de rua, e agora está estabelecido como uma figura central no país.
Petróleo
A remodelação também incluiu o setor de petrolífero, extremamente sensível aos mercados financeiros, já que, por ser o maior exportador do produto, o país detém a chave para o abastecimento mundial.
O executivo-chefe da empresa estatal de petróleo Aramco, Khalid al-Falih, foi nomeado ministro da Saúde, de acordo com o texto do decreto divulgado pela agência oficial de imprensa saudita (SPA).
A emissora saudita al-Arabiya também informou que ele foi nomeado presidente da companhia petrolífera estatal Saudi Aramco, uma posição até então ocupada pelo veterano ministro do Petróleo, Ali al-Naimi, que permaneceu em seu cargo no governo.
A substituição do príncipe Muqrin, o mais jovem meio-irmão de Salman, como príncipe herdeiro significa que o presente monarca será o último dos filhos do fundador da Arábia Saudita, rei Abdulaziz al Saud, a governar, depois que cinco de seus irmãos ocuparam o trono.