Putin diz que Rússia recorrerá de punição que tira país das Olimpíadas
Rússia foi considerada culpada de conspirar para obstruir a investigação de novos casos de doping de esportivas, que foram ao menos 145
EFE
Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 07h41.
Última atualização em 10 de dezembro de 2019 às 07h48.
Paris — O presidente da Rússia, Vladimir Putin , afirmou nesta segunda-feira que recorrerá da decisão da Agência Mundial Antidoping (Wada) de banir por quatro anos o país de grandes eventos esportivos, entre eles os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo.
"Todo o castigo deve ser individual. Não pode ser coletivo e afetar aqueles que não tem nada a ver com as infrações", disse Putin em Paris, onde estava para participar de uma reunião sobre o conflito no leste da Ucrânia.
Putin disse estar convencido que a Wada entende a argumentação que a Rússia apresentará no recurso. Segundo ele, especialistas agora examinarão com detalhe a punição para recorrer.
A Rússia foi considerada culpada de conspirar para obstruir a investigação de novos casos de doping - ao menos 145 - por meio da alteração ou eliminação de exames laboratoriais. Isso teria ocorrido, segundo a Wada, até janeiro.
Com isso, atletas do país não poderão disputar Jogos Olímpicos ou a Copa do Mundo com a bandeira russa. Além disso, o Kremlin fica proibido de apresentar candidaturas para eventos internacionais de grande porte até 2032.
Os prazos envolvidos deixam o país fora dos Jogos Olímpicos de 2020, dos Jogos de Inverno de 2022 e da próxima Copa do Mundo, que será realizada no Catar também daqui a três anos.
A Wada explicou que a decisão foi rígida com as autoridades russas, mas que defende os direitos dos atletas "limpos" do país. Eles, segundo a entidade, poderão provar que são inocentes e não estavam envolvidos na fraude.