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Protestos nos EUA por novo caso de violência contra negro

Um vídeo mostra um policial correndo atrás de um homem negro, antes que outro policial o ajudasse a jogar o suspeito no chão e disparasse contra ele 4 vezes

Violência policial: os manifestantes exibiam cartazes com dizeres como "A vida dos negros não importam" e "Justiça para Alton" (EDUARDO MUNOZ ALVAREZ/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2016 às 09h45.

A polícia da Louisiana matou a tiros um homem negro que vendia CDs pirata na porta de uma loja de conveniência, desatando protestos, em mais um caso de suposta violência policial nos Estados Unidos .

Um vídeo gravado por testemunhas e postado na internet mostra um policial correndo atrás de um homem negro na madrugada de terça-feira, antes que outro policial o ajudasse a jogar o suspeito no chão e disparasse contra ele à queima-roupa quatro vezes. Os policiais aparentam ser caucasianos.

"Atiraram nele? Desgraçados, meu Deus!", grita a testemunha no vídeo.

A polícia de Baton Rouge, a capital de Louisiana, identificou o homem atacado como Alton Sterling, de 37 anos, e afirmou que os dois policiais tentaram fazer contato com ele no estacionamento da loja de conveniências.

Eles teriam ido ao local após a central receber uma denúncia de uma pessoa que afirmava ter sido ameaçada por um homem armado.

"Houve uma discussão entre Sterling e os oficiais. Sterling foi baleado durante a discussão e morreu no local", informa a polícia em seu Facebook, acrescentando que os procedimentos normais foram seguidos e que os dois policiais envolvidos foram colocados em licença administrativa.

Mãos ao alto

Cerca de 100 pessoas, incluindo amigos e parentes de Sterling, protestaram junto à loja e bloquearam as ruas adjacentes.

Os manifestantes exibiam cartazes com dizeres como "A vida dos negros não importam" e "Justiça para Alton".

O congressista democrata Cedric Richmond, que representa o distrito de Louisana, pediu que o departamento de Justiça dos Estados Unidos inicie uma investigação transparente do incidente.

"O vídeo do tiroteio é profundamente preocupante", observou.

"Há várias interrogações sem resposta em torno da morte do senhor Sterling, incluindo perguntas sobre a ligação inicial pedindo a presença da polícia, o nível de força usado pelos oficiais, a discussão verbal e física e a atuação dos policiais depois que ele foi baleado", indica o legislador em um comunicado.

O dono da loja de conveniências Triple S, Abdullah Muflahi, afirmou ao jornal local The Advocate que as testemunhas viram os policiais depois do tiroteio retirar uma arma do bolso de Sterling, mas que ele não havia mostrado arma alguma durante a discussão.

"Realmente houve muita agressividade contra ele desde o início", observou o comerciante, acrescentando que os policiais pareciam "estar fora de si" depois do incidente.

Muflahi indicou ainda que ouviu um dos policiais dizer ao colega: "Deixa ele".

O grupo de direitos civis Black Lives Matter (As vidas dos negros importam), referência de muitos casos do tipo na Louisiana, tuitou: "Já basta. #AltonSterling".

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A polícia da Louisiana matou a tiros um homem negro que vendia CDs pirata na porta de uma loja de conveniência, desatando protestos, em mais um caso de suposta violência policial nos Estados Unidos .

Um vídeo gravado por testemunhas e postado na internet mostra um policial correndo atrás de um homem negro na madrugada de terça-feira, antes que outro policial o ajudasse a jogar o suspeito no chão e disparasse contra ele à queima-roupa quatro vezes. Os policiais aparentam ser caucasianos.

"Atiraram nele? Desgraçados, meu Deus!", grita a testemunha no vídeo.

A polícia de Baton Rouge, a capital de Louisiana, identificou o homem atacado como Alton Sterling, de 37 anos, e afirmou que os dois policiais tentaram fazer contato com ele no estacionamento da loja de conveniências.

Eles teriam ido ao local após a central receber uma denúncia de uma pessoa que afirmava ter sido ameaçada por um homem armado.

"Houve uma discussão entre Sterling e os oficiais. Sterling foi baleado durante a discussão e morreu no local", informa a polícia em seu Facebook, acrescentando que os procedimentos normais foram seguidos e que os dois policiais envolvidos foram colocados em licença administrativa.

Mãos ao alto

Cerca de 100 pessoas, incluindo amigos e parentes de Sterling, protestaram junto à loja e bloquearam as ruas adjacentes.

Os manifestantes exibiam cartazes com dizeres como "A vida dos negros não importam" e "Justiça para Alton".

O congressista democrata Cedric Richmond, que representa o distrito de Louisana, pediu que o departamento de Justiça dos Estados Unidos inicie uma investigação transparente do incidente.

"O vídeo do tiroteio é profundamente preocupante", observou.

"Há várias interrogações sem resposta em torno da morte do senhor Sterling, incluindo perguntas sobre a ligação inicial pedindo a presença da polícia, o nível de força usado pelos oficiais, a discussão verbal e física e a atuação dos policiais depois que ele foi baleado", indica o legislador em um comunicado.

O dono da loja de conveniências Triple S, Abdullah Muflahi, afirmou ao jornal local The Advocate que as testemunhas viram os policiais depois do tiroteio retirar uma arma do bolso de Sterling, mas que ele não havia mostrado arma alguma durante a discussão.

"Realmente houve muita agressividade contra ele desde o início", observou o comerciante, acrescentando que os policiais pareciam "estar fora de si" depois do incidente.

Muflahi indicou ainda que ouviu um dos policiais dizer ao colega: "Deixa ele".

O grupo de direitos civis Black Lives Matter (As vidas dos negros importam), referência de muitos casos do tipo na Louisiana, tuitou: "Já basta. #AltonSterling".

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