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Procuradoria da Ucrânia abre investigação contra órgão russo

Ucrânia acusou um órgão de segurança da Rússia de apoiar separatistas e grupos terroristas no leste do país


	Ucrânia: medida parece ser uma resposta a um processo criminal lançado na segunda-feira pela Rússia
 (Anatolii Stepanov/AFP)

Ucrânia: medida parece ser uma resposta a um processo criminal lançado na segunda-feira pela Rússia (Anatolii Stepanov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 08h55.

Kiev - A Procuradoria da Ucrânia informou nesta terça-feira que abriu uma investigação criminal contra um órgão de segurança da Rússia, acusando-o de apoiar separatistas e grupos "terroristas" no leste do país.

A medida parece ser uma resposta retaliatória a um processo criminal lançado na segunda-feira pela Rússia contra "representantes não identificados da liderança política e militar da Ucrânia", da Guarda Nacional e organizações nacionalistas ucranianas, os quais foram acusados de cometer "genocídio".

As duas investigações judiciais aumentam as tensões entre os dois ex-países soviéticos vizinhos e elevam a pressão sobre um cessar-fogo pactuado em 5 de setembro entre as forças do governo ucraniano e separatistas pró-Rússia, que vem sendo marcado por conflitos diários e ataques de artilharia.

Em um comunicado, o escritório do procurador-geral da Ucrânia disse que abriu uma investigação criminal contra os responsáveis ​​do Comitê de Investigação da Federação Russa, uma corporação policial que responde somente ao presidente Vladimir Putin.

A declaração acusa as autoridades russas de "de interferência ilegal" no trabalho dos organismos de aplicação da lei da Ucrânia e das forças armadas. "(Essa interferência) destina-se a ajudar as organizações terroristas 'República Popular de Donetsk' e 'República Popular de Luhansk' nas suas actividades criminosas, obstruindo o desempenho de funções por parte de funcionários do governo", disse.

Os separatistas declararam dois "Estados" no leste da Ucrânia, região cuja maioria da população é de língua russa, centrados nas cidades de Donetsk e Luhansk, e dizem que não voltarão a se submeter ao governo de Kiev.

O presidente do país, Petro Poroshenko, ofereceu às regiões ampla autonomia, mas diz que elas têm de continuar a fazer parte da Ucrânia.

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