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Prisões por terrorismo alcançam nível recorde no Reino Unido

Estatísticas do Ministério do Interior britânico mostraram 379 prisões no ano transcorrido até junho

Reino Unido: nos três anos passados até março deste ano, a polícia impediu 13 ataques em potencial (Stefan Wermuth/Reuters)
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Reuters

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 09h28.

Londres - O número de pessoas presas no Reino Unido devido a suspeitas de crimes ligados a terrorismo aumentou 68 por cento no último ano e atingiu a cifra mais alta já registrada, durante um período no qual o país sofreu quatro ataques com mortos, revelaram números divulgados nesta quinta-feira.

Estatísticas do Ministério do Interior britânico mostraram 379 prisões no ano transcorrido até junho, um aumento de 226 em relação aos 12 meses anteriores e o número mais alto desde 2001, quando se começou a coletar os dados.

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O Reino Unido está em seu segundo nível de alerta mais alto, "grave", o que significa que um ataque é altamente provável, depois que 36 pessoas morreram em incidentes classificados como "terroristas" nos seis primeiros meses de 2017.

Entre as prisões, 12 ocorreram após um ataque de março na Ponte de Westminster, em Londres, quando um homem atropelou pedestres e matou quatro deles, assassinando um policial a facadas diante do Parlamento na sequência.

Outras 23 prisões foram feitas após um atentado de um homem-bomba na saída de um show da cantora Ariana Grande em Manchester em maio, e no mês seguinte a polícia prendeu 21 suspeitos depois que três militantes islâmicos atropelaram pedestres na Ponte de Londres e em seguida esfaquearam pessoas em restaurantes e bares próximos, matando oito.

Uma prisão se seguiu a um ataque no norte da capital, quando uma van foi lançada contra fiéis perto de uma mesquita, incidente que deixou um homem morto.

Mark Rowley, a principal autoridade de contraterrorismo do Reino Unido, disse que a polícia vem prendendo um suspeito por dia, e que nesta semana houve uma mudança no nível de ameaça, e não um pico isolado.

Nos três anos passados até março deste ano, a polícia impediu 13 ataques em potencial. As 17 semanas seguintes concentraram os quatro atentados, mas as autoridades frustraram outros seis, afirmou Rowley.

"O ritmo continuou quase tão desafiador desde então", disse ele em uma conferência em Israel.

As cifras oficiais mostraram que, entre os 379 presos, 123 foram acusados de algum delito, sendo 105 deles relacionados ao terrorismo, e que 189 foram soltos sem acusações.

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