Presidente do Congo e líder rebelde se reunirão em Uganda
Segundo a fonte, o presidente ugandense entrou em contato ontem com Runiga para pedir que viajasse a Campala para a reunião
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2012 às 15h54.
Kinshasa - O presidente da República Democrática do Congo (RDC), Joseph Kabila, e o líder do movimento rebelde M23, Jean Marie Runiga, se reunirão amanhã, sábado, em Campala, na Uganda, para tentar encontrar uma solução à crise no leste do país.
"O presidente Runiga vai se encontrar amanhã com Joseph Kabila no marco da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos sob a mediação do chefe de Estado de Uganda, Yoweri Museveni", disse à Agência Efe o porta-voz do M23, Amani Kabasha, em conversa por telefone.
Segundo a fonte, o presidente ugandense entrou em contato ontem com Runiga para pedir que viajasse a Campala para a reunião.
"Nós sempre estivemos a favor da negociação com todo o mundo. Foi o governo de Kinshasa que se negou. E agora as pessoas tendem a nos dar a razão que é preciso negociar", ressaltou Kabasha, apontando que as negociações deveriam acontecer também com a oposição congolesa e a sociedade civil.
A reunião de amanhã entre o governo da RDC e o movimento rebelde M23 acontece depois que o grupo insurgente, criado no último mês de abril, intensificou sua ofensiva e tomou na terça-feira passada o controle da cidade de Goma, capital da província de Kivu do Norte, no leste do país.
Enquanto isso, os insurgentes seguem confrontando as Forças Armadas da RDC (FARDC) pelo controle da cidade de Sake, a cerca de 30 quilômetros de Goma, que foi tomada na quarta-feira passada pelo M23, mas que ontem foi recuperada pelo Exército congolês.
Estes enfrentamentos deixaram ontem pelo menos quatro mortos e estão causando o deslocamento forçado de milhares de residentes de Sake.
Por sua parte, segundo o porta-voz do M23, a cidade de Goma está começando a recuperar a normalidade três dias após ser tomada pelos rebeldes, com as lojas abrindo suas portas e os veículos voltando às estradas.
Pelo menos 30 mil pessoas se viram forçadas a abandonar seus lares na área de Kanyaruchinya, em Kivu do Norte, devido à ofensiva dos rebeldes, deslocados que, segundo a Missão da ONU na RDC, já querem voltar a seus povoados.
O M23 está formado por soldados congoleses amotinados e supostamente fiéis ao rebelde Bosco Ntaganda, procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e contra a humanidade.
Os rebeldes, que nos últimos dias intensificaram sua ofensiva, se sublevaram em abril para protestar pela perda de poder que o Executivo de Kinshasa tinha imposto a seu líder, e reivindicam novas negociações com o governo.
A RDC está imersa ainda em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003), que envolveu vários países africanos, e tem desdobrada a maior missão de paz da ONU.
Kinshasa - O presidente da República Democrática do Congo (RDC), Joseph Kabila, e o líder do movimento rebelde M23, Jean Marie Runiga, se reunirão amanhã, sábado, em Campala, na Uganda, para tentar encontrar uma solução à crise no leste do país.
"O presidente Runiga vai se encontrar amanhã com Joseph Kabila no marco da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos sob a mediação do chefe de Estado de Uganda, Yoweri Museveni", disse à Agência Efe o porta-voz do M23, Amani Kabasha, em conversa por telefone.
Segundo a fonte, o presidente ugandense entrou em contato ontem com Runiga para pedir que viajasse a Campala para a reunião.
"Nós sempre estivemos a favor da negociação com todo o mundo. Foi o governo de Kinshasa que se negou. E agora as pessoas tendem a nos dar a razão que é preciso negociar", ressaltou Kabasha, apontando que as negociações deveriam acontecer também com a oposição congolesa e a sociedade civil.
A reunião de amanhã entre o governo da RDC e o movimento rebelde M23 acontece depois que o grupo insurgente, criado no último mês de abril, intensificou sua ofensiva e tomou na terça-feira passada o controle da cidade de Goma, capital da província de Kivu do Norte, no leste do país.
Enquanto isso, os insurgentes seguem confrontando as Forças Armadas da RDC (FARDC) pelo controle da cidade de Sake, a cerca de 30 quilômetros de Goma, que foi tomada na quarta-feira passada pelo M23, mas que ontem foi recuperada pelo Exército congolês.
Estes enfrentamentos deixaram ontem pelo menos quatro mortos e estão causando o deslocamento forçado de milhares de residentes de Sake.
Por sua parte, segundo o porta-voz do M23, a cidade de Goma está começando a recuperar a normalidade três dias após ser tomada pelos rebeldes, com as lojas abrindo suas portas e os veículos voltando às estradas.
Pelo menos 30 mil pessoas se viram forçadas a abandonar seus lares na área de Kanyaruchinya, em Kivu do Norte, devido à ofensiva dos rebeldes, deslocados que, segundo a Missão da ONU na RDC, já querem voltar a seus povoados.
O M23 está formado por soldados congoleses amotinados e supostamente fiéis ao rebelde Bosco Ntaganda, procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e contra a humanidade.
Os rebeldes, que nos últimos dias intensificaram sua ofensiva, se sublevaram em abril para protestar pela perda de poder que o Executivo de Kinshasa tinha imposto a seu líder, e reivindicam novas negociações com o governo.
A RDC está imersa ainda em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003), que envolveu vários países africanos, e tem desdobrada a maior missão de paz da ONU.