Park Geun-hye: procuradores não quiseram dizer se a ex-presidente voltará a ser interrogada (Lee Jae-Won/Reuters)
Reuters
Publicado em 22 de março de 2017 às 09h42.
Seul - A ex-presidente da Coreia do Sul Park Geun-hye deixou a sede da Procuradoria sul-coreana no início desta quarta-feira, depois de ser interrogada em um inquérito sobre um escândalo de corrupção que encerrou sua mandato com um impeachment.
Park não respondeu às perguntas dos repórteres ao sair do edifício, onde passou quase 22 horas, e entrou em um carro que a aguardava e que a levou à sua residência na capital, Seul.
Os procuradores interrogaram Park na condição de suspeita de crime pela primeira vez desde que a Corte Constitucional corroborou, no dia 10 de março, o impeachment decidido pelo Parlamento em dezembro.
Park foi acusada de se aliar com uma amiga, Choi Soon-sil, para pressionar grandes empresas a doarem para duas fundações que apoiavam suas iniciativas políticas. Park e Choi negaram qualquer má conduta.
Os procuradores não quiseram dizer se Park voltará a ser interrogada ou se irão solicitar um mandado de prisão de um tribunal para detê-la.
Eles não discutiram os detalhes do interrogatório, mas disseram que a ex-líder está reagindo bem à investigação.
Park, de 65 anos, a primeira presidente sul-coreana eleita democraticamente a ser retirada do cargo, emitiu um comunicado breve ao chegar à procuradoria na terça-feira, seus primeiros comentários públicos desde sua queda.
"Peço desculpas ao povo. Irei cooperar fielmente com o interrogatório", disse ela à mídia.
O interrogatório durou 14 horas, até pouco antes da meia-noite, informou um de seus advogados, Sohn Bum-kyu, aos repórteres.
Park não foi acusada, mas pode passar mais de 10 anos na prisão se for condenada por receber propinas de diretores de grandes conglomerados, entre eles o ex-vice-presidente do grupo Samsung, Jay Y. Lee, em troca de favores.