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Prefeito de San Cristóbal condenado à prisão por protestos

Prefeito foi sentenciado a um ano de prisão e à perda de mandato por não impedir a violência em protestos na cidade

Estudantes protestam contra o governo da Venezuela em Caracas: prefeito é o segundo opositor a ser condenado pela onda de protestos (Juan Barreto/AFP)

Estudantes protestam contra o governo da Venezuela em Caracas: prefeito é o segundo opositor a ser condenado pela onda de protestos (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 09h45.

Caracas - O prefeito de San Cristóbal, capital do estado de Táchira e foco da onda de protestos que sacode a Venezuela, foi sentenciado nesta terça-feira a um ano de prisão e à perda de mandato por não impedir a violência, informou o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

"Daniel Ceballos foi sancionado com 12 meses de prisão", revela uma nota do TSJ divulgada na noite desta terça-feira.

Ceballos é o segundo prefeito opositor a ser condenado pela onda de protestos, após Enzo Scarano, de San Diego, no estado de Carabobo (norte), que perdeu o mandato e recebeu uma pena de dez meses de prisão por promover os protestos.

Os dois estão detidos desde a semana passada em uma instalação militar.

"Justiça! Não sei os termos da sentença (de Ceballos), mas fui informado de que se fez justiça. O Poder Judiciário conta com todo o apoio do chefe de Estado", disse o presidente Nicolás Maduro ao comentar a notícia.

A Venezuela é sacudida desde 4 de fevereiro por manifestações convocadas por estudantes e líderes opositores contra a crise econômica e os altos índices de criminalidade. Os protestos já deixaram 34 mortos, centenas de feridos e vários detidos.

O líder opositor Leopoldo Lopez está preso desde o mês passado sob a acusação de incitar protestos violentos para desestabilizar o governo.

A líder opositora venezuelana María Corina Machado disse que teme ser detida em Caracas quando voltar de uma viagem a Lima nesta quarta. Machado teve cassada seu mandato de deputada por ter se apresentado em uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) como representante do Panamá para tentar expor a situação na Venezuela.

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