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Potencial de instabilidade social na Europa é maior do mundo

Segundo Organização Internacional do Trabalho, lacunas já abissais entre ricos e pobres tendem a aumentar globalmente no continente


	Espanhóis marcham contra o desemprego: greves, paralisações, protestos e manifestações de rua aumentaram desde a crise econômica e financeira que começou em 2008
 (AFP)

Espanhóis marcham contra o desemprego: greves, paralisações, protestos e manifestações de rua aumentaram desde a crise econômica e financeira que começou em 2008 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 13h15.

Genebra - O potencial para a instabilidade social em países da União Europeia é maior do que em qualquer outro lugar no mundo e as lacunas já abissais entre ricos e pobres, um importante gatilho, tendem a aumentar globalmente, disse a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta segunda-feira.

Em seu relatório anual Mundo do Trabalho, a OIT disse que a agitação social - greves, paralisações, protestos e manifestações de rua - tinham aumentado na maioria dos países desde a crise econômica e financeira que começou em 2008.

Mas o risco, segundo o documento, "é maior entre os 27 países da UE, que aumentou de 34 por cento em 2006-07 para 46 por cento em 2011-2012". No entanto, o risco não foi uniformemente distribuído e não tinha crescido em pelo menos sete dos Estados-membros.

Aqueles mais vulneráveis, segundo o relatório, foram Chipre, República Tcheca, Grécia, Itália, Portugal, Eslovênia e Espanha. No entanto, o risco de agitação social declinou na Bélgica, Alemanha, Finlândia, Eslováquia e Suécia desde 2010.

No geral, o risco de instabilidade na UE "é provável que seja devido às respostas políticas à crise da dívida soberana em curso e o seu impacto na vida das pessoas e nas percepções de bem-estar", disse a agência.

"Este cenário econômico sombrio criou um ambiente social frágil enquanto menos pessoas enxergam oportunidades para obter um bom trabalho e melhorar seu padrão de vida." O risco de agitação social também subiu na Rússia e países não membros da UE do antigo bloco comunista, assim como no sul da Ásia e em economias avançadas fora da UE.

Mas tinha diminuído na América Latina e no Caribe, onde os governos tem sucessivas políticas de aumento de empregos, nas crescentes economias da África Subsaariana e no leste e sudeste da Ásia e Pacífico.

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