Pompeo diz ter alertado russos a não interferirem nas eleições americanas
Antes da audiência, Pompeo havia reiterado o repúdio dos Estados Unidos à anexação da península ucraniana da Crimeia por parte da Rússia
AFP
Publicado em 25 de julho de 2018 às 20h00.
O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, declarou nesta quarta-feira (25) ter advertido pessoalmente funcionários públicos russos de se absterem de interferir nas eleições americanas e se disse disposto a trabalhar com o Congresso para elaborar novas sanções contra Moscou.
"Deixei pessoalmente claro aos russos que haveria sérias consequências ante interferências no nosso processo democrático", disse Pompeu em audiência na comissão de Relações Exteriores do Senado, ao evocar seus encontros com funcionários russos no âmbito da cúpula entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, na semana passada, em Helsinque, capital da Finlândia.
"Em Helsinque, buscamos explorar se a Rússia estava interessada em melhorar a relação, mas deixamos claro que a bola está no campo russo", destacou, ao mesmo tempo em que disse que Trump é "consciente dos desafios que a Rússia impõe aos Estados Unidos e a nossos sócios e aliados".
"O governo continuará impondo fortes medidas contra a Rússia em resposta às suas ações maliciosas", disse, acrescentando que estava pronto a trabalhar com o Congresso para elaborar novas sanções contra Moscou.
Na cúpula também "defendemos os interesses estratégicos fundamentais dos Estados Unidos na Síria e na Ucrânia", disse.
Antes da audiência, Pompeo havia reiterado o repúdio dos Estados Unidos à anexação da península ucraniana da Crimeia por parte da Rússia.
"Em acordo com aliados, sócios e a comunidade internacional, os Estados Unidos rejeitam a tentativa de anexação da Crimeia por parte da Rússia e se compromete a manter essa política até que se restabeleça a integridade territorial da Ucrânia", disse Pompeo.
"Os Estados Unidos reafirmam como política sua negativa de reconhecer as demandas de soberania do Kremlin sobre o território tomado à força em contravenção do direito internacional", acrescentou.