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Políticos ucranianos criticam proposta russa para referendo no país

Presidente Vladimir Putin propôs plebiscito nas regiões orientais ucranianas de Donetsk e Lugansk, controladas por separatistas pró-Rússia

Ucrânia: acordos de Minsk para a regulação do conflito no país não preveem a realização de referendos no leste do país (Rob Stothard/Getty Images)
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EFE

Publicado em 20 de julho de 2018 às 18h32.

Kiev - A Ucrânia rejeita "categoricamente" a "estranha ideia" sobre um referendo no leste do país, proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, a seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a recente cúpula entre ambos em Helsinque, afirmou nesta sexta-feira um funcionário de alto escalão da chancelaria ucraniana.

"Rejeitamos categoricamente a estranha ideia de realizar um referendo nos territórios ocupados à ponta de pistola pela Rússia ", escreveu no Twitter Oleksii Makeiev, diretor político no Ministério de Relações Exteriores ucraniano.

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Segundo o diplomata, a realização de um plebiscito nas regiões orientais ucranianas de Donetsk e Lugansk, controladas por separatistas pró-Rússia, é "absolutamente inaceitável" para Kiev e seus parceiros.

A ideia também foi criticada pela vice-presidente da Rada, o parlamento ucraniano, Iryna Gerashchenko.

"Não haverá nenhum referendo organizado por marionetes do Kremlin nos territórios ocupados", escreveu Gerashchenko no Facebook.

A política ressaltou que os acordos de Minsk para a regulação do conflito na Ucrânia não preveem a realização de referendos no leste do país e acrescentou que qualquer plebiscito organizado por "forças externas" em Donetsk e Lugansk seria "anticonstitucional".

Segundo afirmou hoje o embaixador russo em Washington, Anatoli Antonov, Putin falou com Trump em Helsinque sobre a possibilidade de realizar o plebiscito para resolver o conflito no leste da Ucrânia.

"Este problema foi debatido, foram formuladas propostas concretas para revolver este assunto", disse Antonov em Moscou.

O Kremlin, por enquanto, não confirmou nem desmentiu a informação, enquanto a Casa Branca se apressou a esclarecer que "não está considerando apoiar" o suposto referendo.

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