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Polícia venezuelana reprime avanço de protesto contra Maduro

Desde que os protestos começaram os confrontos são constantes, com trocas de bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, pedras e coquetéis molotov

Venezuela: os protestos já deixaram cerca de 30 mortos em um mês (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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AFP

Publicado em 26 de abril de 2017 às 16h28.

Última atualização em 26 de abril de 2017 às 16h29.

Agentes anti-distúrbios impediam nesta quarta-feira com bombas de gás lacrimogêneo o avanço dos manifestantes opositores até o centro de Caracas , que respondiam com pedras, em um novo episódio de violência nos protestos que deixam cerca de 30 mortos em um mês.

As forças de segurança lançavam também jatos d'água no grupo de jovens que, com o rosto coberto por capuzes e panos, e alguns com máscaras de gás, tentava ultrapassar a barreira na estrada Francisco Fajardo, no leste de Caracas.

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"Devemos marchar e continuar, aquele que fica em casa perde. Continuaremos aqui todos os dias", disse Andrés González, um estudante de 20 anos, usando capacete e máscara.

"Quem somos? A Venezuela; O que queremos? Liberdade", "urgente, urgente... um novo presidente", gritavam alguns jovens.

Milhares de opositores se mobilizavam nesta quarta-feira em Caracas e em outras cidades para exigir eleições gerais, aumentando sua ofensiva contra o presidente Nicolás Maduro.

Desde que os protestos começaram, em 1º de abril, já ocorreram confrontos entre agentes anti-distúrbios e manifestantes, com trocas de bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, pedras e coquetéis molotov, assim como confusões, roubos e tiroteios de grupos encapuzados, que segundo a Procuradoria deixam 26 mortos.

Contingentes policiais e militares bloqueiam com caminhões e equipes anti-distúrbio os acessos a estradas de diferentes setores de Caracas e de outras cidades, causando engarrafamentos e problemas de circulação, já que o transporte público não está funcionando normalmente.

No centro da cidade, os seguidores do chavismo marcharam e se concentraram nos arredores do Palácio presidencial de Miraflores, onde esperavam por Maduro.

Os protestos começaram depois que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), acusado de servir ao chavismo, assumiu no fim de março as funções do Parlamento, único poder controlado pela oposição, mas depois voltou atrás por conta da forte crítica internacional.

Os opositores pretendiam chegar ao centro de Caracas para exigir ao defensor público, Tarek William Saab, que ative um processo de destituição dos magistrados ou o considerarão "cúmplice" do que chamam de "um golpe de Estado".

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