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Papa recebe carta de Capriles antes de encontro com Maduro

Na carta, ex-candidato à presidência e governador do estado de Miranda fisse que "muita gente está morrendo (na Venezuela) porque não há remédios disponíveis"

Papa Francisco durante feriado de Corpus Christi, na Itália: Capriles afirmou que a situação nos hospitais "é dramática" e que "nas maternidades não há atendimento" (REUTERS/Max Rossi)
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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2015 às 06h51.

Caracas - O líder da oposição venezuelana Henrique Capriles enviou nesta quinta-feira uma carta ao papa Francisco , na qual expôs o que - em sua opinião - é a realidade de seu país, poucos dias antes do encontro entre o pontífice e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , no Vaticano.

Em sua carta, Capriles pediu ao papa, que se reunirá com Maduro no próximo domingo, sua intervenção "para ajudar os venezuelanos a conseguir o caminho do diálogo com um governo que ignorou as reflexões da Conferência Episcopal Venezuelana (CVE) sobre a crise econômica, política e social que vive o país".

Na carta, que foi enviada através da sede da Nunciatura Apostólica em Caracas, o ex-candidato à presidência e governador do estado de Miranda, também garantiu que "muita gente está morrendo (na Venezuela) porque não há remédios disponíveis".

Capriles afirmou que a situação nos hospitais "é dramática" e que "nas maternidades não há atendimento" para as mulheres em trabalho de parto.

"As pessoas também estão morrendo pela incapacidade do Estado e das instituições de Justiça, que sequer mencionam a tragédia de 24.980 mortos em 2014 por ação da delinquência comum", disse Capriles na carta, na qual acrescentou que "as prisões são antros de vergonha e degradação dos seres humanos detidos".

Além disso, o político afirmou que as necessidades básicas de saúde, alimentação e segurança "não apenas não são satisfeitas" na Venezuela, "mas tendem a se agravar perigosamente, a ponto de colocar o país à beira de uma crise humanitária", tudo isso sem que exista uma catástrofe natural ou uma guerra civil.

"A crise humanitária que nos ameaça, é produto de uma casta hegemônica cuja única preocupação parece ser sua manutenção no poder", acrescentou o governador na carta.

Ao concluir o texto, Capriles se referiu aos "presos políticos" que, segundo ele, "são submetidos à tortura psicológica e condições físicas de ignomínia".

O opositor destacou os casos dos políticos presos Daniel Ceballos e Leopoldo López, que se encontram em greve de fome desde 22 e 24 de maio, respectivamente, e acrescentou que no país existem "mais de 70 detidos pelo simples fato de pensarem diferente".

Hoje, o presidente da comissão de Justiça e Paz da CEV, monsenhor Roberto Luckert, pediu às autoridades venezuelanas permissão para que essa entidade possa visitar os políticos presos em greve de fome para observar suas condições de saúde e de reclusão e constatar que os direitos humanos estão sendo respeitados.

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Caracas - O líder da oposição venezuelana Henrique Capriles enviou nesta quinta-feira uma carta ao papa Francisco , na qual expôs o que - em sua opinião - é a realidade de seu país, poucos dias antes do encontro entre o pontífice e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , no Vaticano.

Em sua carta, Capriles pediu ao papa, que se reunirá com Maduro no próximo domingo, sua intervenção "para ajudar os venezuelanos a conseguir o caminho do diálogo com um governo que ignorou as reflexões da Conferência Episcopal Venezuelana (CVE) sobre a crise econômica, política e social que vive o país".

Na carta, que foi enviada através da sede da Nunciatura Apostólica em Caracas, o ex-candidato à presidência e governador do estado de Miranda, também garantiu que "muita gente está morrendo (na Venezuela) porque não há remédios disponíveis".

Capriles afirmou que a situação nos hospitais "é dramática" e que "nas maternidades não há atendimento" para as mulheres em trabalho de parto.

"As pessoas também estão morrendo pela incapacidade do Estado e das instituições de Justiça, que sequer mencionam a tragédia de 24.980 mortos em 2014 por ação da delinquência comum", disse Capriles na carta, na qual acrescentou que "as prisões são antros de vergonha e degradação dos seres humanos detidos".

Além disso, o político afirmou que as necessidades básicas de saúde, alimentação e segurança "não apenas não são satisfeitas" na Venezuela, "mas tendem a se agravar perigosamente, a ponto de colocar o país à beira de uma crise humanitária", tudo isso sem que exista uma catástrofe natural ou uma guerra civil.

"A crise humanitária que nos ameaça, é produto de uma casta hegemônica cuja única preocupação parece ser sua manutenção no poder", acrescentou o governador na carta.

Ao concluir o texto, Capriles se referiu aos "presos políticos" que, segundo ele, "são submetidos à tortura psicológica e condições físicas de ignomínia".

O opositor destacou os casos dos políticos presos Daniel Ceballos e Leopoldo López, que se encontram em greve de fome desde 22 e 24 de maio, respectivamente, e acrescentou que no país existem "mais de 70 detidos pelo simples fato de pensarem diferente".

Hoje, o presidente da comissão de Justiça e Paz da CEV, monsenhor Roberto Luckert, pediu às autoridades venezuelanas permissão para que essa entidade possa visitar os políticos presos em greve de fome para observar suas condições de saúde e de reclusão e constatar que os direitos humanos estão sendo respeitados.

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