Otan descarta intervenção militar na Síria ou em outro país árabe
A Aliança Atlântica leva a cabo uma missão na Líbia com respaldo de outros países, como Jordânia e Catar
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2011 às 08h21.
Bruxelas - O secretário-geral da Otan , Anders Fogh Rasmussen, descartou nesta sexta-feira uma intervenção militar da Aliança Atlântica "na Síria ou em qualquer outro país" da região com as mesmas características da levada a cabo na Líbia.
"Não temos a intenção de intervir na Síria ou em outro país" do Oriente Médio, assinalou Rasmussen durante uma conferência em Bruxelas.
O secretário-geral argumentou que, ao contrário da operação que a Aliança ainda desempenha na Líbia, e que ajudou a derrubar o regime de Muammar Kadafi, a Otan não conta "com o mandato das Nações Unidas".
Além disso, destacou que, no caso da Líbia, a Otan também contava com o respaldo de outros países árabes - Jordânia, Catar e Emirados Árabes Unidos, por exemplo -, algo que não ocorre em outros casos.
Neste sentido, segundo Rasmussen, as condições produzidas na Líbia "não se dão em nenhum outro caso", pelo que a Aliança não tem nenhum plano para agir na Síria ou no Iêmen, outro país árabe com conflitos entre o Governo e a população.
Desde o início das manifestações, em fevereiro deste ano, o presidente sírio, Bashar al Assad, exerce brutal repressão sobre a população, que exige a queda de seu regime e reformas democráticas.
A ONU estima que cerca de 2.700 civis já morreram até o momento por causa da repressão do Governo sírio.
No Iêmen, o presidente Ali Abdullah Saleh também atacou a sua própria população a fim de deter os protestos contra seu Governo que acontecem desde o princípio do ano.
Os membros europeus e norte-americanos da Otan não querem intervir nem na Síria nem no Iêmen, entre outros fatores, devido às reservas da maioria dos países do Oriente Médio quanto a uma operação armada.
"Todos os aliados estivemos de acordo em que (intervir na Líbia) era o correto. Já agimos na Líbia, no Afeganistão e no Kosovo", afirmou Rasmussen, que acrescentou que por enquanto estas serão as únicas operações militares da Aliança Atlântica.
Sobre a relação da Otan com os países árabes, Rasmussen indicou que fortalecer os laços com o sul do Mediterrâneo será um dos principais objetivos da próxima cúpula de chefes de Estado e de Governo da Aliança, que será realizada em maio.
Segundo sua opinião, existem "interesses compartilhados" entre esta região e os membros da Otan, que, garantiu, está comprometida em fomentar a democracia nesta região.
Rasmussen indicou que os outros três objetivos básicos para a próxima reunião serão Afeganistão, a cooperação com a Rússia no desenvolvimento de escudos antimísseis e a manutenção da capacidade militar da Aliança em uma época de cortes orçamentários em muitos países-membros.
Bruxelas - O secretário-geral da Otan , Anders Fogh Rasmussen, descartou nesta sexta-feira uma intervenção militar da Aliança Atlântica "na Síria ou em qualquer outro país" da região com as mesmas características da levada a cabo na Líbia.
"Não temos a intenção de intervir na Síria ou em outro país" do Oriente Médio, assinalou Rasmussen durante uma conferência em Bruxelas.
O secretário-geral argumentou que, ao contrário da operação que a Aliança ainda desempenha na Líbia, e que ajudou a derrubar o regime de Muammar Kadafi, a Otan não conta "com o mandato das Nações Unidas".
Além disso, destacou que, no caso da Líbia, a Otan também contava com o respaldo de outros países árabes - Jordânia, Catar e Emirados Árabes Unidos, por exemplo -, algo que não ocorre em outros casos.
Neste sentido, segundo Rasmussen, as condições produzidas na Líbia "não se dão em nenhum outro caso", pelo que a Aliança não tem nenhum plano para agir na Síria ou no Iêmen, outro país árabe com conflitos entre o Governo e a população.
Desde o início das manifestações, em fevereiro deste ano, o presidente sírio, Bashar al Assad, exerce brutal repressão sobre a população, que exige a queda de seu regime e reformas democráticas.
A ONU estima que cerca de 2.700 civis já morreram até o momento por causa da repressão do Governo sírio.
No Iêmen, o presidente Ali Abdullah Saleh também atacou a sua própria população a fim de deter os protestos contra seu Governo que acontecem desde o princípio do ano.
Os membros europeus e norte-americanos da Otan não querem intervir nem na Síria nem no Iêmen, entre outros fatores, devido às reservas da maioria dos países do Oriente Médio quanto a uma operação armada.
"Todos os aliados estivemos de acordo em que (intervir na Líbia) era o correto. Já agimos na Líbia, no Afeganistão e no Kosovo", afirmou Rasmussen, que acrescentou que por enquanto estas serão as únicas operações militares da Aliança Atlântica.
Sobre a relação da Otan com os países árabes, Rasmussen indicou que fortalecer os laços com o sul do Mediterrâneo será um dos principais objetivos da próxima cúpula de chefes de Estado e de Governo da Aliança, que será realizada em maio.
Segundo sua opinião, existem "interesses compartilhados" entre esta região e os membros da Otan, que, garantiu, está comprometida em fomentar a democracia nesta região.
Rasmussen indicou que os outros três objetivos básicos para a próxima reunião serão Afeganistão, a cooperação com a Rússia no desenvolvimento de escudos antimísseis e a manutenção da capacidade militar da Aliança em uma época de cortes orçamentários em muitos países-membros.