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OSCE se mostra pessimista em relação a trégua na Ucrânia

Presidente da organização admitiu que não é otimista em relação ao cessar-fogo entre as forças da Ucrânia e os separatistas pró-Rússia

Equipe da OSCE: "não sou otimista em absoluto", disse OSCE (Genya Savilov/AFP)
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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 11h22.

Genebra - O presidente rotativo da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Didier Burkhalter, admitiu nesta segunda-feira que não é otimista em relação ao cessar-fogo entre as forças da Ucrânia e os separatistas pró- Rússia .

Burkhalter, que também é presidente da Suíça, acredita que, para obter mais sucesso em uma resolução definitiva, um amplo processo de diálogo nacional deve ser iniciado na Ucrânia.

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"Não sou otimista em absoluto. Pode funcionar se quiserem, se os atores realmente derem uma oportunidade a uma solução duradoura", disse o presidente rotativo da OSCE em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros na Suíça.

Em seu comparecimento, três dias depois do acordo alcançado entre Ucrânia e Rússia para uma cessação das hostilidades, mantido com fragilidade durante o fim de semana, Burkhalter considerou que a cessação das hostilidades só funcionará através de um processo de diálogo nacional coordenado entre os principais atores.

Segundo ele, essa medida deve incluir mais contatos diretos de alto nível, principalmente entre os presidentes ucraniano e russo.

Em relação à nova rodada de sanções articulada pela União Europeia contra a Rússia pela crise na Ucrânia, Burkhalter disse que não se pode esperar uma resolução da situação apenas com medidas deste tipo.

Apesar de seu pouco otimismo sobre a situação atual, o presidente suíço assegurou que não acredita em uma situação de guerra aberta.

Sobre a troca de prisioneiros incluída no acordo entre Rússia e Ucrânia, Burkhalter disse que esse é um assunto essencial e, por isso, acredita que deva ser realizado ainda nesta semana.

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