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OSCE diz que missão na Ucrânia está limitada pela violência

A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa afirmou que seu trabalho está muito limitado devido à falta de segurança na Ucrânia


	OSCE: observadores foram detidos por grupos pró-Moscou no leste da Ucrânia
 (Genya Savilov/AFP)

OSCE: observadores foram detidos por grupos pró-Moscou no leste da Ucrânia (Genya Savilov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 13h14.

Viena - A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) reconheceu nesta segunda-feira que a recente libertação de seus oito observadores detidos por grupos pró-Rússia no leste da Ucrânia facilita sua missão no país, mas acrescentou que seu trabalho está muito limitado devido à falta de segurança.

"A situação da segurança limitou nossas possibilidades porque não podemos nos mover com liberdade. Temos que combinar todos os nossos movimentos primeiro com as forças de segurança, tanto do governo como as tropas não-governamentais", explicou à Agência Efe em Viena Alexander Hug, subdiretor da missão na Ucrânia.

Os oito observadores da OSCE, entre eles um espanhol, foram libertados entre sexta-feira e sábado, após ficarem retidos durante um mês por grupos pró-Moscou no leste da Ucrânia.

A OSCE insistiu hoje em que os oito analistas estão com boa saúde, não sofreram danos durante sua detenção e já estão a caminho de seus respectivos países.

Lamberto Zannier, secretário-geral da OSCE, aplaudiu hoje o profissionalismo dos observadores e afirmou que essa é a primeira vez que a Organização enfrentou uma situação assim.

O diplomata italiano, que não quis se referir ao sucedido como um sequestro, mas como uma "detenção ilegal", disse que a situação na Ucrânia se complicou e que, justamente por isso, é preciso que se mantenha a presença internacional.

Hug indicou que a OSCE mantém dois "equipes robustos" em Oblast e Lugansk que continuam trabalhando, embora de forma "limitada", e continuarão fazendo isso enquanto as mais as condições de segurança não piorarem.

"Não vamos arriscar a vida de nossos companheiros. Sempre há um pouco de risco que não se pode calcular. Se a situação de segurança evolui de modo que esteja sob controle, teremos que considerar uma nova reconfiguração" (da missão), explicou Hug.

O responsável pelo envio na Ucrânia disse que para que a missão possa desenvolver-se plenamente é preciso que "desapareçam as armas, os controles de estrada e haja liberdade de movimento".

A OSCE agradeceu a colaboração de todas as partes envolvidas na libertação dos observadores e mencionou que o assunto foi discutido na terça-feira passada com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no encontro que teve com o presidente rotativo da Organização, o suíço Didier Burkhalter.

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