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Opositores desocupam ministério tomado por radicais

Ativistas opositores desocuparam o Ministério de Política Agrária tomado há vários dias por um grupo de radicais

Manifestantes antigoverno, que montaram uma barricada durante protesto em Kiev: protestos opositores eclodiram há pouco mais de dois meses (Gleb Garanich/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 11h37.

Kiev - Ativistas opositores do Euromaidán, como está sendo chamado o acampamento no centro de Kiev, desocuparam nesta quarta-feira o Ministério de Política Agrária tomado há vários dias por um grupo de radicais do movimento "Causa Justa".

"O comitê do Maidán (como também é chamado o movimento popular liderado pelos partidos da oposição parlamentar), resolveu ontem à noite por unanimidade despejar (os radicais do) o Ministério de Política Agrária.

"Hoje, o Maidán está libertando o edifício dos vândalos", comunicou à imprensa local o partido ultranacionalista Svoboda.

Após uma difícil negociação entre ultranacionalistas e radicais iniciada após confrontos entre os dois grupos, os ativistas de "Causa Justa" deixaram o Ministério para ir, de acordo com algumas informações, para a Casa da Ucrânia, outro prédio de Kiev tomado há poucos dias pela oposição.

Duas centenas de membros do partido ultranacionalista, núcleo duro de ação do Euromaidán, enfrentaram os ocupantes para obrigá-los a deixar a sede ministerial, segundo o "Canal 5" da TV ucraniana.

Testemunhas do despejo asseguraram à agência russa "Interfax" que pelo menos seis membros de "Causa Justa" foram feridos na ação, e um teria sido hospitalizado com ferimentos de cinco balas de borracha.

A televisão ucraniana informou sobre portas e janelas destruídas nos primeiros quatro andares do Ministério, e extintores jogados por todo o edifício.


Os radicais tentaram repelir o ataque dos ativistas de Svoboda com mangueiras de incêndio, "arma" que pode ser eficaz devido aos 12 graus negativos com que amanheceu hoje a capital ucraniana.

O movimento radical "Causa Justa", que não dialoga com os três partidos da oposição parlamentar e rejeita qualquer negociação com as autoridades, ocupou o Ministério da Agricultura durante os violentos distúrbios que começaram no dia 19 em Kiev.

Pouco depois, também ocupou o Ministério da Justiça, embora este tenha sido desalojado de forma pacífica há dois dias depois que o governo ameaçou decretar o estado de exceção se não fosse desocupado.

Os protestos opositores eclodiram há pouco mais de dois meses depois que o governo do presidente Viktor Yanukovich adiou indefinidamente a assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia, prevista para o fim de novembro.

Diante das crescentes manifestações pró-União Europeia no centro de Kiev, ocupado pela oposição, a maioria parlamentar governista aprovou no último dia 16 uma série de leis para restringir o direito de reunião e outras liberdades civis.

Três dias depois, a capital ucraniana se tornou palco de violentos confrontos entre manifestantes e policiais antidistúrbios que terminaram com vários mortos - seis, segundo a oposição; três, de acordo com a versão oficial - e centenas de feridos.

Em 23 de janeiro, diante da gravidade da situação, as autoridades e os líderes opositores definiram uma trégua e iniciaram um processo de negociação, no qual a oposição obteve praticamente todos seus objetivos, salvo a convocação de eleições presidenciais e parlamentares antecipadas.

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Kiev - Ativistas opositores do Euromaidán, como está sendo chamado o acampamento no centro de Kiev, desocuparam nesta quarta-feira o Ministério de Política Agrária tomado há vários dias por um grupo de radicais do movimento "Causa Justa".

"O comitê do Maidán (como também é chamado o movimento popular liderado pelos partidos da oposição parlamentar), resolveu ontem à noite por unanimidade despejar (os radicais do) o Ministério de Política Agrária.

"Hoje, o Maidán está libertando o edifício dos vândalos", comunicou à imprensa local o partido ultranacionalista Svoboda.

Após uma difícil negociação entre ultranacionalistas e radicais iniciada após confrontos entre os dois grupos, os ativistas de "Causa Justa" deixaram o Ministério para ir, de acordo com algumas informações, para a Casa da Ucrânia, outro prédio de Kiev tomado há poucos dias pela oposição.

Duas centenas de membros do partido ultranacionalista, núcleo duro de ação do Euromaidán, enfrentaram os ocupantes para obrigá-los a deixar a sede ministerial, segundo o "Canal 5" da TV ucraniana.

Testemunhas do despejo asseguraram à agência russa "Interfax" que pelo menos seis membros de "Causa Justa" foram feridos na ação, e um teria sido hospitalizado com ferimentos de cinco balas de borracha.

A televisão ucraniana informou sobre portas e janelas destruídas nos primeiros quatro andares do Ministério, e extintores jogados por todo o edifício.


Os radicais tentaram repelir o ataque dos ativistas de Svoboda com mangueiras de incêndio, "arma" que pode ser eficaz devido aos 12 graus negativos com que amanheceu hoje a capital ucraniana.

O movimento radical "Causa Justa", que não dialoga com os três partidos da oposição parlamentar e rejeita qualquer negociação com as autoridades, ocupou o Ministério da Agricultura durante os violentos distúrbios que começaram no dia 19 em Kiev.

Pouco depois, também ocupou o Ministério da Justiça, embora este tenha sido desalojado de forma pacífica há dois dias depois que o governo ameaçou decretar o estado de exceção se não fosse desocupado.

Os protestos opositores eclodiram há pouco mais de dois meses depois que o governo do presidente Viktor Yanukovich adiou indefinidamente a assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia, prevista para o fim de novembro.

Diante das crescentes manifestações pró-União Europeia no centro de Kiev, ocupado pela oposição, a maioria parlamentar governista aprovou no último dia 16 uma série de leis para restringir o direito de reunião e outras liberdades civis.

Três dias depois, a capital ucraniana se tornou palco de violentos confrontos entre manifestantes e policiais antidistúrbios que terminaram com vários mortos - seis, segundo a oposição; três, de acordo com a versão oficial - e centenas de feridos.

Em 23 de janeiro, diante da gravidade da situação, as autoridades e os líderes opositores definiram uma trégua e iniciaram um processo de negociação, no qual a oposição obteve praticamente todos seus objetivos, salvo a convocação de eleições presidenciais e parlamentares antecipadas.

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