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ONU pede que eleições no Quênia sejam realizadas sem violência

As eleições de 2007, quando Mwai Kibaki e Raila Odinga se enfrentaram nas urnas, geraram uma série de confrontos que deixaram 1.100 mortos

Eleições: "Fazemos um pedido às autoridades para que façam o máximo para garantir eleições pacíficas" (Baz Ratner/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 15h27.

Genebra - Representantes da ONU pediram nesta segunda-feira o governo do Quênia solicite a todos os participantes das eleições de amanhã uma atitude do mais "alto padrão" para evitar uma situação como a enfrentada em 2017, quando a violência provocada depois do pleito deixou mais de mil mortos.

"Fazemos um pedido às autoridades para que façam o máximo para garantir eleições pacíficas, bem como um processo de votação justo e livre", afirmaram em comunicado os três enviados especiais da ONU.

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"Respeitar o direito fundamental de votar, a liberdade de expressão e de associação são os elementos essenciais para a participação do público em eleições justas", completou a nota.

As eleições de 2007, quando Mwai Kibaki e Raila Odinga se enfrentaram nas urnas, geraram uma série de confrontos que deixaram 1.100 mortos e obrigou que 600 mil pessoas deixassem suas casas.

Os relatores destacaram que o Quênia avançou muito desde 2007, mas alertaram sobre incidentes recentes de violência política.

"Em um contexto de discursos de ódio, de tensões que prevalecem, colocamos ênfase na importância de todos os envolvidos no processo se comprometerem com uma conduta pacífica durante e após as eleições", destacaram os enviados da ONU.

Além disso, eles lembraram as forças de segurança sobre a responsabilidade de agir com proporcionalidade e legalidade contra qualquer alteração da ordem pública no país.

Em 2007, Odinga foi derrotado por Kibaki, então presidente, por um pequeno número de votos e se negou a aceitar os resultados. A rejeição gerou uma guerra entre tribos que fez com que o atual presidente, Uhuru Kenyatta, na época vice-primeiro-ministro, fosse acusado no Tribunal Penal Internacional.

O caso contra Kenyatta foi arquivado na reta final por uma inesperada falta de provas.

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