ONG's alertam para existência de meio milhão de refugiados no Paquistão
Uma ofensiva do exército contra a insurgência no noroeste do país forçou o deslocamento de tantas pessoas
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2012 às 09h58.
Islamabad - Um grupo de ONG's internacionais no Paquistão alertou neste sábado que uma ofensiva do exército contra a insurgência no noroeste do país forçou o deslocamento de quase meio milhão de pessoas, que necessitam de ajuda humanitária.
O Fórum Humanitário do Paquistão (PHF) informou que as ações contra a insurgência em Khyber, pequena região tribal na fronteira com o Afeganistão onde existem muitos grupos talibãs, provocaram desde janeiro o êxodo de 440 mil pessoas, que sofrem com a escassez de mantimentos.
'A chegada de refugiados internos teve um pico no começo de abril, e embora o ritmo tenha diminuído agora, eles seguem chegando em grandes números', disse à Agência Efe um responsável da ONG Save The Children, David Wright.
As organizações humanitárias denunciaram que só uma pequena parte dessas pessoas está hospedada no campo de refugiados de Jalozai. Segundo Wright, 'os mais necessitados são os que estão fora dos campos'.
A PHF afirmou que cerca de 90% dos refugiados não quiseram ir para Jalozai 'por questões culturais' pois preferem ficar perto de conhecidos e familiares na região, mesmo que desta maneira sofram com a carência de alimentos, água e serviços básicos.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) confirmou através de um porta-voz a chegada dos refugiados provocada pelos combates em Khyber, mas discordou em relação aos números e às condições enfrentadas por eles.
'Segundo nossos registros, desde janeiro chegaram pouco mais de 200 mil pessoas, e pouco mais de 10% está no campo de Jalozai', afirmou à Efe um membro do Acnur no Paquistão, Tim Irwin.
'Os que ficaram de fora fizeram isso por vontade própria, e isto não seria permitido se eles realmente estivessem tão mal. Não há gente largada nas ruas'.
David Wright atribuiu as diferenças ao fato da Acnur só contabilizar as pessoas que são registradas pela agência, 'processo que dura três dias e que muitas famílias preferem evitar', e frisou que a PHF trabalha com estimativas feitas pelas autoridades locais.
Desde o final do ano passado, o exército luta contra a insurgência pelo controle estratégico do triângulo formado pelas áreas de Khyber, Orakzai e Kurram, região na fronteira com o Afeganistão e próxima a diversos enclaves talibãs.
Islamabad - Um grupo de ONG's internacionais no Paquistão alertou neste sábado que uma ofensiva do exército contra a insurgência no noroeste do país forçou o deslocamento de quase meio milhão de pessoas, que necessitam de ajuda humanitária.
O Fórum Humanitário do Paquistão (PHF) informou que as ações contra a insurgência em Khyber, pequena região tribal na fronteira com o Afeganistão onde existem muitos grupos talibãs, provocaram desde janeiro o êxodo de 440 mil pessoas, que sofrem com a escassez de mantimentos.
'A chegada de refugiados internos teve um pico no começo de abril, e embora o ritmo tenha diminuído agora, eles seguem chegando em grandes números', disse à Agência Efe um responsável da ONG Save The Children, David Wright.
As organizações humanitárias denunciaram que só uma pequena parte dessas pessoas está hospedada no campo de refugiados de Jalozai. Segundo Wright, 'os mais necessitados são os que estão fora dos campos'.
A PHF afirmou que cerca de 90% dos refugiados não quiseram ir para Jalozai 'por questões culturais' pois preferem ficar perto de conhecidos e familiares na região, mesmo que desta maneira sofram com a carência de alimentos, água e serviços básicos.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) confirmou através de um porta-voz a chegada dos refugiados provocada pelos combates em Khyber, mas discordou em relação aos números e às condições enfrentadas por eles.
'Segundo nossos registros, desde janeiro chegaram pouco mais de 200 mil pessoas, e pouco mais de 10% está no campo de Jalozai', afirmou à Efe um membro do Acnur no Paquistão, Tim Irwin.
'Os que ficaram de fora fizeram isso por vontade própria, e isto não seria permitido se eles realmente estivessem tão mal. Não há gente largada nas ruas'.
David Wright atribuiu as diferenças ao fato da Acnur só contabilizar as pessoas que são registradas pela agência, 'processo que dura três dias e que muitas famílias preferem evitar', e frisou que a PHF trabalha com estimativas feitas pelas autoridades locais.
Desde o final do ano passado, o exército luta contra a insurgência pelo controle estratégico do triângulo formado pelas áreas de Khyber, Orakzai e Kurram, região na fronteira com o Afeganistão e próxima a diversos enclaves talibãs.