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OMS classifica cinco pesticidas como cancerígenos prováveis

Mesmo não havendo tantos indícios, os herbicidas e pesticidas mais utilizados no mundo foram classificados como possíveis causadores de diversos tipos da doença


	Os riscos foram avaliados com base em estudos de exposição agrícola realizados nos EUA, Canadá e Suécia, bem como em laboratórios
 (Getty Images)

Os riscos foram avaliados com base em estudos de exposição agrícola realizados nos EUA, Canadá e Suécia, bem como em laboratórios (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2015 às 17h51.

Cinco pesticidas foram classificados como cancerígenos "prováveis" ou "possíveis" para o homem pela agência do câncer da Organização Mundial da Saúde (Iarc).

O herbicida glifosato, um dos mais utilizados no mundo, e os inseticidas malathion e diazinon foram classificados como cancerígenos "prováveis para o homem", ainda que as "provas sejam limitadas", segundo a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer.

Os inseticidas tetraclorvinfos e paration, que já foram alvo de interdições e restrições em vários países, foram por sua vez classificados como "possíveis" cancerígenos.

O glifosato é a substância ativa do Roundup, um dos herbicidas mais vendidos do mundo.

Para além da agricultura, onde a sua utilização tem aumentado bastante, ele também é usado nas florestas e por indivíduos em seus jardins.

O glifosato foi encontrado no ar, na água e nos alimentos, de acordo com a Iarc, que afirma que a população em geral está particularmente exposta quando habita próximo a áreas tratadas. Os níveis de exposição observados, no entanto, são "geralmente baixos", segundo a Iarc

Em termos de risco cancerígeno do glifosato e dos inseticidas malathion e diazinon, a Iarc observa que há "evidência limitada" em seres humanos sobre o aparecimento de linfomas não-Hodgkin, os câncer do sangue.

Para o malathion, a Iarc também cita o câncer de próstata e para o diazinon, o câncer de pulmão.

Os riscos foram avaliados com base em estudos de exposição agrícola realizados nos Estados Unidos, Canadá e Suécia, bem como em animais em laboratórios.

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